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Pinturas, desenhos, esculturas, vídeos, instalações, entre outras linguagens, podem ser vistas no Paço Imperial, no Centro do Rio, em cinco mostras inauguradas este mês e que permanecem em cartaz até 7 de julho.

No segundo andar do centro cultural, o giro tem início com “Transmutação: alquimia e resistência”, primeira individual da pintora Marcela Cantuária no Rio em cinco anos. Nas salas seguintes, o paulistano Cadu apresenta “Davuls de Salé”, mostra realizada em colaboração com Adriano Motta, Maneno Juárez e Virgilio Bahde. Os últimos espaços são ocupados pela exposição “Achados (entre) perdidos”, que celebra os 55 anos de carreira de Milton Machado. No térreo da instituição estão em cartaz as mostras “bassa danza”, com 25 obras produzidas desde 2019 por Nathan Braga, e “Caboclos da Amazônia: arquitetura, design e música”, reunindo 300 itens que sintetizam variadas expressões artísticas do Estado do Pará.

Dentre as pintoras mais celebradas da nova cena carioca, Marcela Cantuária apresenta na individual cerca de 20 obras, produzidas desde 2016, incluindo o autorretrato “A grande benéfica” (2021), pintado sobre um biombo de madeira de 1,80 metro, além de trabalhos em tecido e cerâmica. Com curadoria de Aldones Nino, a mostra tem trabalhos emprestados por colecionadores e instituições como o Museu da Maré.

— É uma exposição que retrata bem meu momento atual, nesse caminho em direção à tridimensionalidade. É como se a pintura não coubesse mais na tela, transbordando nos biombos e silhuetas cortadas em madeira, nos bordados, na cerâmica — explica Marcela. — Quis também inverter a função do biombo, que geralmente é usado para disfarçar ou isolar um ambiente. Em “A grande benéfica” fiz questão de estampar nele uma celebração do amor entre mulheres, me retratando junto à minha companheira, Verena. Essa composição veio da minha pesquisa sobre o tarô, de uma releitura sobre o dois de copas, uma carta que fala sobre o encontro, o amor, o diálogo.

Marcela Cantuária diante de suas obras no Paço Imperial — Foto: Beatriz Orle
Marcela Cantuária diante de suas obras no Paço Imperial — Foto: Beatriz Orle

Em “Davuls de Salé”, Cadu reimagina a República de Salé, uma cidade-estado marítima independente fundada por piratas e corsários muçulmanos do Magreb, no noroeste do atual Marrocos, entre os séculos XVI e XIX, a partir de informações do livro “Utopias piratas” (1995), do historiador americano Peter Lamborn Wilson. Na exposição, Cadu apresenta obras de sua série desenhos “Nadar nada mar”, além de esculturas feitas em colaboração com Maneno Juárez e Virgilio Bahde, e um vídeo assinado com Adriano Motta, entre outras obras em parceria.

— Os davuls eram um tipo de tambor árabe que, quando tocado, assustava as pessoas. Toda a marcenaria da expografia se relaciona com a arquitetura e a história do Paço, mas também fazem uma alusão ao interior de um navio — explica Cadu. — No que imaginei, estamos numa jornada em uma embarcação que conduz o público para um lugar indeterminado, um futuro distópico, talvez.

Curador de “Davuls de Salé”, Felipe Scovino também assina a individual de Milton Machado, que reúne 20 desenhos da série “Academia dos Seletos”, feitos com nanquim e acrílica sobre papel, entre 2017 e 2024. A mostra traz ainda a instalação a “Paraíso”, alusão ao poema “Paraíso perdido”, do inglês John Milton, publicado em 1667. Além da literatura, a relação com outras áreas da cultura, como a música, os quadrinhos e a arquitetura — Machado formou-se na área pela FAU-UFRJ em 1970 — permeiam os trabalhos.

— Muita gente identifica nas obras minha admiração pelo (italiano Giovanni Battista) Piranesi, pelas composições que parecem labirínticas. Às vezes, gostaria de ser o Piranesi, em outras, o Robert Crumb ou o (Saul) Steinberg — brinca Machado, referindo-se à dupla de cartunistas americanos. — Da arquitetura, vem um interesse teórico no espaço urbano, o que dá a algumas das abstrações uma estrutura de cidade.

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