Cultura
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Por — Rio de Janeiro

A relação entre Caetano Veloso e o cinema é explorada no livro “Cine Subaé: Escritos sobre cinema (1960 - 2023)” (Ed. Companhia das Letras), que reúne críticas e ensaios do artista sobre a sétima arte publicados ao longo de seis décadas. O cantor e compositor baiano se reuniu com os organizadores Claudio Leal e Rodrigo Sombra para uma conversa sobre a publicação na noite desta quinta-feira (21), no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, no Rio.

O evento contou com ingressos solidários no valor de R$ 129, que davam direito a um exemplar do livro e a uma entrada para o debate. Parte da verba arrecadada será revertida para trabalhadores da cultura do Rio Grande do Sul, estado afetado por fortes chuvas e inundações no último mês.

Em seu título, “Cine Subaé” faz referência ao cinema de Santo Amaro (BA), fundamental no desenvolvimento da cinefilia do músico, que, aos 18 anos, começou a escrever textos sobre filmes para o jornal O Archote, de Santo Amaro, em 1960. No ano seguinte, começou a colaborar com o Diário de Notícias, de Salvador, contratado pelo cineasta e escritor Orlando Senna.

— Eu adorava cinema. Em Santo Amaro, existiam dois cinemas. Eu ia aos cinemas todas as noites e alternando de sala para não perder os filmes. Sentia que era algo que estava para além da diversão. E o meu interesse só cresceu depois que vi “A estrada da vida” — conta Caetano, citando filme de Federico Fellini que mudou sua vida. — Assisti numa sessão de matinê de domingo. Depois da assistir, fiquei horas chorando. Fui pra casa e não consegui nem almoçar. Minha mãe ficou preocupada. Eu tinha uns 15 anos. Foi um impacto muito grande. Tudo começa com “La strada”.

Amigo de Pedro Almodóvar, Caetano, além do trabalho como crítico e escritor, também ensaiou uma trajetória como cineasta. Em 1986, dirigiu o filme-ensaio “O cinema falado”, com depoimentos de nomes como Júlio Bressane, Regina Casé, Gilberto Gil, Elza Soares, Chico Diaz e Dorival Caymmi.

Ator em “Os herdeiros”, Caetano fala com admiração do diretor Cacá Diegues, mas admite não se lembrar muito da participação na obra. O músico lembra com muito carinho de toda direção do Cinema Novo e cita “Terra em transe”, de Glauber Rocha, como importante influência para o Tropicalismo.

— (“Terra em transe”) teve uma ação sobre a minha imaginação que foi muito forte. Foi um gatilho para o que viriam a chamar de Tropicalismo — lembra Caetano, que aponta João Gilberto e Glauber como os principais faróis de sua juventude.

Caetano cita Godard como outra influência fundamental para o Tropicalismo.

— Tudo aquilo estava em “Acossado”.

O compositor brinca ser “um péssimo ator, um canastrão”, mas se emociona ao rever trecho de “Tabu”, de Júlio Bressane, em que participa. Sobre a experiência como diretor, em “O cinema falado”, conta que as memórias do trabalho foram maravilhosas. Ele lembra dois projetos de filmes que acabaram não indo pra frente.

— Quando voltei de Londres, quis fazer um filme inspirado em Carmen Miranda com Gal Costa interpretando uma espécie de Carmen Miranda. E depois quis fazer um filme sobre Salvador.

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