ZURIQUE - A presidente do Banco Central Europeu (BCE) , Christine Lagarde , alertou que a Europa corre o risco de sofrer um choque econômico da magnitude da crise global de 2008 a não ser que os líderes do bloco tomem medidas urgentes para combater os efeitos econômicos do surto de coronavírus.
A executiva sinalizou ainda que o BCE pode adotar medidas emergenciais até quinta-feira, quando a autoridade monetária da zona do euro fará uma reunião.
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Em teleconferência com líderes da União Europeia na noite de terça-feira, Lagarde afirmou que, sem ação coordenada, a Europa "verá um cenário que vai lembrar a muitos de nós a grande crise financeira de 2008", segundo uma pessoa familiarizada com o tema.
Com a resposta correta, acrescentou Lagarde, o choque provavelmente será temporário. A presidente do BCE disse que medidas serão discutidas na reunião de amanhã, entre elas ações para garantir fundos "extremamente baratos" para o mercado, ampliar a liquidez e evitar uma escassez de crédito, segundo relatos de pessoas que pediram para não serem identificadas.
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Na manhã desta quarta-feira, o Bank of England, banco central inglês, fez um corte emergencial de sua taxa de juros, além de adotar medidas para facilitar o crédito. O banco central da Islândia adotou medida similar.
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Na terça-feira à noite, a Itália, país mais afetado pelo coronavírus na Europa, anunciou que vai ampliar para US$ 28,3 bilhões seu pacote de estímulos para mitigar os efeitos da doença na economia.
Também na terça-feira, a Comissão Europeia anunciou a criação de um fundo de 25 bilhões de euros , cerca de R$ 130 bilhões, para minimizar os impactos econômicos da epidemia do novo coronavírus.
No Japão, o governo anunciou seu segundo conjunto de medidas, com foco nas pequenas e médias empresas, de 430,8 bilhões de ienes, cerca de US$ 4 bilhões, ou R$ 19 bilhões.