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Por Glauce Cavalcanti, João Sorima Neto e Reynaldo Turollo Jr. — Rio, São Paulo e Brasília

Autoridades do Rio de Janeiro pedirão, em reunião com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) amanhã, que a capacidade do Santos Dumont seja reduzida a um movimento anual de 6 milhões a 8 milhões de passageiros para ajudar a recompor os voos do Galeão, diz Nicola Miccione, secretário estadual da Casa Civil:

— A prefeitura tem um estudo que aponta que o número de passageiros do Santos Dumont deveria ser limitado a 6 milhões para reativar o Galeão. E um estudo do estado avalia entre 7,5 milhões e 8 milhões. Então, é um ajuste nessa faixa. A capacidade atual “canibaliza” voos do Galeão.

O estudo da Prefeitura, diz Miccione, considera o Santos Dumont operando voos para destinos num raio de 500 quilômetros, com exceção de Brasília. Já o governo do estado trabalha com um modelo de operação com voos do aeroporto central carioca para São Paulo, Confins (Belo Horizonte) e Brasília.

O encontro de amanhã é mais um do grupo de trabalho coordenado pela SAC, cujo foco é discutir soluções para os dois aeroportos cariocas. E está em vias de apresentar o relatório final.

‘Como está não resolve’

— O número máximo do Santos Dumont tem de ser 6 milhões de passageiros. O GT tem ainda o papel de abastecer tecnicamente as decisões que o ministro vai tomar. E espero que elas se deem no nível mais alto de hierarquia, do ministro conversando, como ele mesmo disse, com o prefeito e o governador — frisou o prefeito Eduardo Paes.

As autoridades do Rio querem ainda fazer frente ao anúncio feito pela Infraero, semana passada, de alta na capacidade do Santos Dumont de 9,9 milhões para 15,3 milhões de passageiros.

Paes considerou o aceno da Infraero, que administra o Santos Dumont, como uma “canalhice” contra o Rio e estratégia para inviabilizar o Galeão, em postagens em redes sociais.

Depois, Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, também em rede social, disse que a capacidade do Santos Dumont será reduzida abaixo de dez milhões de passageiros. Ele diz que eventual proposta será analisada, mas ressaltou que estudos da pasta indicam que nem todos os voos que deixarem o Santos Dumont irão para o Galeão.

— O que sai do Santos Dumont não necessariamente vai para o Galeão. Podemos estar sacrificando o Estado do Rio por um achismo — diz o ministro.

Para Miccione, o foco tem de ser na economia e no turismo do Rio:

— Ter anúncio de subir a 15 milhões e depois reduzir abaixo de dez milhões não é redução. Fica como está. Como está não resolve.

Gestão combinada

Para Thiago Nykiel, consultor da Infraway, especializada em infraestrutura, o melhor caminho é uma gestão única:

— A melhor maneira é relicitar os dois aeroportos em conjunto, com o mesmo operador. Hoje, o Ebtida gerado pelo Galeão não é suficiente para pagar a outorga. Mesmo com essa tentativa de travar o crescimento do Santos Dumont, isso não vai salvar o Galeão — diz. — Na visão do mercado, o melhor é a relicitação, e as empresas desenvolvem o aeroporto como o passageiro quer voar. Restringir o Santos Dumont é decisão ruim.

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