Economia
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Por La Nacion

A partir de 1º de abril, a Argentina terá mais uma taxa de câmbio, além da dez já existentes. Entrará em vigor o "Dólar Malbec", também chamado de "Dólar do Vinho", que poderá ser utilizada pelos produtores de vinho locais.

A medida foi anunciada pelo ministro da Economia, Sergio Massa, para melhorar a competitividade das exportações e atender os produtores afetados por geadas e granizo. Ainda não se sabe o valor que a moeda terá para esse segmento.

Este mecanismo de dólar preferencial não será implementado apenas na indústria do vinho, mas será utilizado para outros produtores regionais. A Argentina está entre os maiores exportadores de vinho do mundo, mas o valor das exportações a granel caiu 20% em 2022 e quase 50% desde 2021.

A colheita de 2023, que termina no final de abril, provavelmente será uma das piores em uma década, disseram especialistas.

"Para os produtores, é uma oportunidade de recuperar as perdas causadas pelo granizo e geada. E o setor produtivo e o Estado ajudam, juntos, contribuem para consolidar as reservas internaiconais da Argentina", acrescentou Massa, que também destacou que o setor gera 330 mil empregos.

O ministro da Economia anunciou que vai trabalhar junto com as entidades da área para regulamentar o mecanismo , e ainda enumerou as três objetivos com a medida:

"Aumentar a competitividade de exportação para recuperar mercados; que este novo preço chegue a todos os produtores para que não se torne "utilidade de poucos" e que o abastecimento no mercado interno seja garantido com bom preço", declarou.

Ainda não foi informado o valor do "Dolar Malbec". Fontes do Ministério da Agricultura disseram ao La Nacion que, nos próximos 20 dias, trabalharão com o setor para chegar a um valor.

O secretário de Agricultura, Juan José Bahillo, disse haverá um pacote de medidas que “buscam reconstruir a competitividade do setor”. Alguns incentivos estão previstos:

"Haverá créditos para colheita e transporte. Este ano, serão fornecidos fundos para subsidiar a taxa em conjunto com a província de Mendoza para uma linha de crédito de 10.000 milhões de pesos. Além disso, haverá assistência aos municípios para mitigar os efeitos das alterações climáticas. E haverá um investimento de 300 milhões de pesos para o enoturismo em 2023", declarou.

Enrique Vaquie, ministro de energia e economia da província de Mendoza, disse ao Financial Times que tentar exportar vinho argentino foi como “remar em um rio de doce de leite”.

O plano cambial para o vinho seguirá a política do “dólar soja”, introduzida em setembro passado, para impulsionar as exportações da safra, permitindo que os agricultores vendam a uma taxa premium de 200 pesos por dólar, em comparação com a taxa oficial de cerca de 150 pesos na época.

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