Economia
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GERADO EM: 28/06/2024 - 11:47

Críticas de Lula a Campos Neto e política econômica

Lula critica Campos Neto e diz que não pode brigar com presidente do BC. Renova críticas à gestão e defende mudanças na política econômica. Planos de indicar novo presidente do BC e manter meta de inflação em 3%. Preocupação com especulação cambial e destaca reservas internacionais.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que "não pode ficar brigando" com quem está na presidência do Banco Central (BC) porque a indicação foi feita no governo anterior. Ele renovou as críticas a Roberto Campos Neto, que comanda atualmente o BC.

- O presidente da República não pode ficar brigando com o presidente do Banco Central porque ele foi indicado pelo presidente anterior. Ele pensa ideologicamente como o governo anterior. Acho que ele não está fazendo o que deveria corretamente, mas ele tem um mandato e até dezembro ele é presidente - disse Lula à rádio FM O Tempo.

Lula está em Minas Gerais onde participa de anúncios de investimentos federais no estado. As declarações vieram no mesmo dia em que foi publicada uma entrevista de Campos Neto no jornal Valor Econômico. Nela, ele diz que críticas de Lula deixam o trabalho do BC "mais difícil".

Campos Neto é um alvo preferencial de Lula. O presidente tem feito repetidas críticas a sua gestão e o considera um adversário "político e ideológico".

Na entrevista desta sexta-feira, Lula voltou a afirmar que a atual Taxa Selic, em 10,5% ao ano, é "irreal para uma inflação de 4% (ao ano)".

- Mas não sou diretor do Banco Central. Isso vai melhorar quando puder indicar o presidente, que vai ao Senado, para construirmos uma nova filosofia.

O mandato de Campos termina em 31 de dezembro, e Lula vai indicar seu substituto, que tem de ser aprovado pelos senadores.

Meta de inflação contínua

O presidente disse ainda que a escolha de seu governo pela manutenção da meta de inflação em 3%, a ser perseguida agora de forma contínua, ocorreu porque "a gente não quer brincar".

Hoje, a meta de inflação é definida e deve ser cumprida num intervalo de 12 meses, quando uma nova meta é determinada. Mas, a partir de 2025, não haverá um prazo específico para que seja alcançada, como ocorre nos EUA, por exemplo.

- Mantivemos a meta porque a gente não quer brincar. Não brigo com a inflação porque vivi inflação de 80% ao mês. Eu quero que a inflação não coma o salário do trabalhador.

Ele voltou a repetir que, durante seus primeiros dois mandatos (2003-2010), tinha o direito de trocar o presidente do Banco Central quando quisesse, mas não o fez, à época, com Henrique Meirelles.

Ajuste em cima de banqueiros

Mais tarde em evento em Belo Horizonte, Lula voltou a dizer que não vai desvincular o salário mínimo dos pagamentos relacionados aos benefícios previdenciários, ao contrário do que já sugeriram membros da equipe econômica para aliviar a pressão nas contas públicas.

E que gostaria de "fazer ajuste fiscal em cima da rentabilidade dos banqueiros", e não sobre os ganhos dos pobres.

- Como eu posso fazer ajuste fiscal em cima do mínimo do mínimo? Eu queria fazer ajuste fiscal em cima da rentabilidade dos banqueiros neste país, que ganham dinheiro fazendo especulação na Bolsa de Valores - afirmou Lula. - Eu não vou fazer ajuste em cima do pobre.

O presidente ponderou, no entanto, que acredita que os banqueiros "têm que ganhar dinheiro" para viabilizar investimentos produtivos no país.

- Eu acho que o banqueiro tem que ganhar dinheiro. Porque, se ele não ganhar, o governo é obrigado a fazer o que o FHC [Fernando Henrique Cardoso] fez com o Proer: R$ 28 bilhões para salvar os bancos - afirmou

Segundo o presidente, a alta do dólar nas últimas semanas está acontecendo porque "tem especulação com derivativos para valorizar o dólar e desvalorizar o real" e que "o Banco Central tem obrigação de investigar isso".

Lula lembrou ainda que o Brasil "tem um colchão de US$ 375 bilhões (de reservas internacionais), que ajudam a dar estabilidade à economia.

Ele também voltou a prometer que, até o fim de seu mandato, quem ganha até R$ 5 mil ficará isento de pagar imposto de renda.

- A gente não consegue mudar as coisas com a rapidez que a gente quer - alegou.

Com Valor Econômico

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