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Por — Rio de Janeiro

Imagine que você está caminhando na rua e um dispositivo que conhece os seus gostos musicais o notifica de que na esquina há um músico de rua tocando jazz — som que o equipamento pode reproduzir para seus ouvidos antes mesmo de você se deparar com o músico. Ou, quem sabe, você prefira visitar um museu que lhe permita conhecer o interior de uma casa do século XV, junto ao holograma de uma figura histórica daquela época.

Bem-vindo ao 6G, ou melhor, à “internet dos sentidos”, a nova era da internet móvel. Esses são alguns exemplos de como a próxima geração de rede poderá reduzir a fronteira entre o mundo real e digital.

— É como se déssemos para o ser humano um sexto sentido de antever situações — resume o professor José Marcos Câmara Brito, pró-diretor de Pós-graduação e Pesquisa do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).

Enquanto o 5G foca em acelerar a comunicação de voz, texto e imagem, o 6G tem o intuito de integrar os mundos físico e digital a partir de experiências extrassensoriais. Para isso, será preciso atingir pela primeira vez a frequência terahertz, (THz) — hoje, elas vão até o gigahertz (GHz).

Com ela, comunicação sem fio, hologramas e tecnologias vestíveis (óculos e luvas inteligentes) ganharão espaço. A expectativa é que soluções como essas cheguem ao mercado até 2030.

Hoje, já há uma corrida pelo 6G. A criação de um padrão e de tecnologias que darão base à sexta geração de rede é debatida entre empresas, governos e grupos de pesquisa. A definição desses padrões é feita pelo consórcio internacional 3GPP, que reúne sete organizações da indústria de telecomunicações. China, Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão são os principais países na disputa pela liderança.

Cidades inteligentes

No Brasil, o principal projeto é o Brasil 6G, iniciado em 2021 com liderança do Inatel e da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A iniciativa já se encaminha para a fase três e prevê mapear possíveis usos e auxiliar na concepção de soluções voltadas para a rede.

Segundo Brito, da Inatel, a expectativa é criar um ecossistema nacional que atenda as particularidades territoriais do Brasil e auxilie no desenho de soluções tecnológicas para a indústria 4.0, para o “agro do futuro” e para a criação de cidades inteligentes.

— Em termos históricos, o projeto é significativo para o país. O Brasil nunca teve tão bem posicionado em termos de pesquisa em comunicações. Começamos praticamente junto com o mundo e conseguimos uma rede de colaboração significativa.

Apesar dos avanços, o orçamento ainda é aquém se comparado ao concedido por outros governos. A fase três do projeto, que já foi submetida ao ministério, deverá ter uma verba de R$ 27 milhões. Na, União Europeia serão € 130 milhões (R$ 690 milhões) para 27 projetos.

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