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Por e — Rio de Janeiro

Botafogo e Flamengo fazem hoje, às 21h, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro, um clássico mental em que o duelo de forças em campo passa diretamente pelas vivências dos dois times fora dele. Na comparação entre a qualidade das equipes, o clichê do equilíbrio do clássico estaria em dia. No entanto, existem elementos suficientes, como a vantagem de 15 pontos do líder alvinegro sobre o rubro-negro — quarto colocado —, para dizer que o Botafogo desponta como favorito por exalar estabilidade, enquanto o Flamengo tem o descontrole pulsando nas veias.

As cenas de torcedores alvinegros em manifestação de apoio ao time no desembarque após a eliminação na Sul-Americana é um dos sintomas positivos que contrastam, por exemplo, com os protestos de rubro-negros na porta do aniversário de Gabigol, terça-feira passada. No Flamengo, os casos de agressão do ex-preparador físico contra Pedro, depois de Gerson em Varela, e a pressão sem fim sob o técnico Jorge Sampaoli, dão o tom do que esse jogo representa para o clube. Mesmo com a final da Copa do Brasil no horizonte, uma derrota no “tapetinho” pode significar o fim da linha para o argentino.

Especialistas na área da psicologia do Esporte analisam como cenários tão distintos podem ser utilizados como armas pelas equipes na partida de logo mais.

— Os discursos, entendendo essas diferentes situações que as equipes estão, podem ser um tempero bacana para que os treinadores manipulem isso e afetem o estado emocional desses atletas visando um desempenho melhor no jogo. Mas isso é muito dinâmico. A partir do momento que a bola rola, as reações, gols, às vezes até uma arbitragem mais rígida em algum contato, tudo isso vai dando mais ingredientes para essa dinâmica — explicou Victor Cavallari, doutor em psicobiologia e especialista em psicologia do Esporte.

— O momento que cada equipe atravessa pode, sim, interferir no desempenho. Acho que mais para a própria equipe do que para a adversária, e consequentemente no resultado. Para o Botafogo, o ideal é que os jogadores não coloquem a atenção no adversário, mas sigam o que estão fazendo. E para o Flamengo, é tentar trabalhar para melhorar o que precisam, porque o resultado é consequência do que você desempenha — ponderou Raphael Zaremba, professor de psicologia do Esporte da PUC, do Rio de Janeiro.

Líder, o Botafogo coleciona momentos de alegria entre os torcedores, com a campanha histórica no Brasileirão, e em seu vestiário, ilustrados em um empolgado e dançarino Di Plácido ou nos constantes coros para Tiquinho Soares, que voltou a ser relacionado após seis jogos se recuperando de lesão no joelho esquerdo, além da cantoria em homenagem a Lucas Perri, convocado para a seleção brasileira. Dentro disso, um dos pilares do trabalho de Bruno Lage no Botafogo é fazer com que o time consiga conter a euforia e a ansiedade vindas de fora.

Recentemente, o treinador português comparou o Campeonato Brasileiro com a Premier League — Bruno Lage foi treinador do Wolverhampton em 2021 e 2022 — e, durante análise sobre como os times do futebol nacional costumam se desorganizar mais rápido, revelou que um dos seus pedidos aos os jogadores do alvinegro é que eles tenham o “controle emocional da partida”.

— Costumamos dizer que o atleta tem quatro competências. Não basta ele ter física, técnica ou tática se não tiver a psicológica. Assim como também não basta ter competência psicológica altíssima se ele não domina os fundamentos, não tem preparação física adequada ou não sabe a função em campo. Esse é um trabalho interdisciplinar muito bem feito no Botafogo e os resultados mostram isso — opinou Zaremba.

No Flamengo, há uma mobilização para deixar todas as polêmicas para trás e impor sua qualidade para retomar a confiança em busca de uma arrancada. O presidente Rodolfo Landim assumiu pessoalmente a missão de bancar a continuidade do trabalho de Sampaoli diante da possibilidade demissão do treinador pelo vice de futebol Marcos Braz, que também não exibe mais a mesma força nos bastidores.

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