Desde Pequim-2008, o Brasil não demorava tanto pela medalha dourada. Naquela ocasião, Cesar Cielo venceu os 50m livre da natação no oitavo dia de disputas. O resultado já era ligeiramente melhor do que quatro anos antes, quando o Hino Nacional só foi executado no nono dia, com Robert Scheidt, na classe star da vela.
Na última década, a espera foi menor. Em Londres-2012, Sarah Menezes deu um ouro ao Brasil logo na primeira manhã de competições, nos ligeiros do judô. Curiosamente, naquele sábado (28/7/2012), o país chegou a liderar o quadro de medalhas por alguns minutos, já que Thiago Pereira levou a prata nos 400m medley da natação durante a tarde do mesmo dia.
Na Rio-2016, a façanha do primeiro ouro coube também ao judô. Depois de ser desclassificada em Londres, Rafaela Silva deu a volta por cima logo no terceiro dia de disputa em casa. Já em Tóquio-2020, na primeira vez em que o surfe fez parte do programa olímpico, Ítalo Ferreira fez história ao levar a competição masculina no quarto dia de eventos no Japão.
Atletas do time Brasil voando alto em Paris
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Jejum de ouros
A última vez que o Brasil ficou sem medalhas de ouro foi em Sydney-2000, quando a dourada não veio, mesmo com os 12 pódios (seis pratas e seis bronzes). Entre Moscou-1980 e Atlanta-1996, o país teve ao menos uma conquista, puxado sobretudo pela vela e judô.
Mas a ausência de primeira colocações em Paris não é motivo para preocupação. Historicamente, o Brasil costuma crescer na segunda metade dos Jogos Olímpicos, quando são decididas as competições coletivas, vôlei de praia — e, mais recentemente, modalidades que passaram a dar medalhas para o país, como canoagem e boxe.
No total de medalhas, após seis dias, o Brasil tem mais medalhas que em Londres (cinco) e Rio (três), e atrás de Tóquio (sete).
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