Política
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A Polícia Federal aponta que estrutura paralela montada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro mandava marcar o filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, em postagens nas redes sociais com Fake News que miravam adversários políticos.

Em diálogos interceptados pela PF, membros da ‘estrutura clandestina’ combinaram de marcar o filho do presidente, por exemplo, em postagens que atacavam o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Segundo a PF, o parlamentar se tornou alvo da estrutura após encaminhar um requerimento para que o vereador prestasse esclarecimentos na CPI da Covid e que fosse afastados seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

"Vamos difundir isto. Pede pra marcar o CB". (CARLOS BOLSONARO)”, escreveu o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet, que na época estava cedido para a Abin. Giancarlo Gomes Rodrigues, que é dos quadros do Exército e também estava cedido para atuar na agência, respondeu: "Já estou municiando o pessoal".

Segundo a PF, a “difusão da desinformação ocorria com a devida ‘marcação’ de integrante do NÚCLEO-POLÍTICO CB - CARLOS BOLSONARO”. Em uma das mensagens, Giancarlo reforça: “Acho que merece uma Thread marcando o Carlos Bolsonaro...". De acordo com os investigadores, “as ações clandestinas ocorreram em represália às ações do Senador da República no exercício de seu cargo”.

Operação

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal realiza a 4ª fase da Operação Última Milha, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas utilizando-se de sistemas da Abin.

Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP. Até o momento, quatro pessoas foram presas e uma ainda não foi localizada. O uso do programa espião FirstMile foi revelado pelo GLOBO.

Entre os alvos da ação, estão ex-servidores cedidos para Abin e influenciadores digitais que trabalhavam no chamado "gabinete do ódio" do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Quatro prisões já foram efetuadas: Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Matheus Sposito, que foi assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão passada; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet; e Richards Dyer Pozzer.

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

"Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio", informou a PF, em nota.

Mais recente Próxima Pacheco reage à Abin paralela: 'Usar Estado para espionar e perseguir parlamentares é ato criminoso'

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