Cinema

Por Isabela Moreira


Marilyn Monroe em cena de Os Homens Preferem As Loiras (Foto: Reprodução/20th Century Fox) — Foto: Galileu
Marilyn Monroe em cena de Os Homens Preferem As Loiras (Foto: Reprodução/20th Century Fox) — Foto: Galileu

Você pode até nunca ter assistido a um filme de Marilyn Monroe, mas com certeza já viu o rosto dela por aí: em canecas, camisetas, quadros e montagens na internet. Isso porque, acima de tudo, a atriz se tornou um ícone de Hollywood.

Nascida em junho de 1926, Monroe teve uma infância difícil, seguida por uma vida adulta precoce mais complicada ainda. Foi o sonho de se tornar uma estrela do cinema que a fez continuar — mas as consequências dele a levaram à morte em condições misteriosas em agosto de 1962.

Abaixo, separamos alguns fatos sobre a vida e a carreira de Marilyn:

1. Norma Jean
Marilyn nasceu Norma Jean Mortenson, no dia 1º de junho de 1926 na cidade de Los Angeles, na Califórnia. Era filha de Gladys Baker, uma funcionária de um laboratório de negativos de filmes, e a identidade de seu pai nunca foi oficialmente revelada.

Quando Norma Jean tinha 8 anos de idade, Gladys sofreu com distúrbios psiquiátricos (que assolavam inclusive outros membros da família materna), o que a levou a ser internada. Assim, a menina foi adotada por uma amiga da mãe, Grace McKee Goddard.

Entre os 8 e os 15 anos de idade, ela viveu entre a casa de Grace e diferentes orfanatos. Isso porque o marido de sua guardiã, Doc, a teria molestado várias vezes. Em junho de 1942, quando ela estava prestes a completar 16 anos, ao correr o risco de ser abandonada pela família Goddard em uma mudança de cidade e ter que voltar para o orfanato, Norma Jean se casou com James Dougherty, um rapaz de 21 anos que morava em seu bairro.

Uma jovem Marilyn Monroe em clique de fotógrafo do exército dos Estados Unidos (Foto: Wikimedia/U.S. army photographer David Conover) — Foto: Galileu
Uma jovem Marilyn Monroe em clique de fotógrafo do exército dos Estados Unidos (Foto: Wikimedia/U.S. army photographer David Conover) — Foto: Galileu

2. Platinadas
Talvez o maior legado que Gladys deixou para Norma Jean foi o amor pelo cinema. Nos fins de semana quando ainda visitava a garota, elas iam a Hollywood para assistir a filmes de comédia.

Os favoritos da menina eram os estrelados por Jean Harlow, uma jovem atriz que se destacou por talento para comédias românticas como Loura e Sedutora (1931) e A Mulher Parisiense dos Cabelos de Fogo (1932), além de definir o tipo de beleza hollywoodiana da época: sobrancelhas escuras e bem finas e cabelos platinados.

Harlow faleceu aos 26 anos, após atuar em mais de 30 filmes. O talento da estrela foi essencial para que Norma Jean decidisse se tornar atriz e que também adotasse um visual platinado. A admiração pela loira original foi algo que Marilyn levou para toda a vida: em suas últimas semanas de vida, ela planejava produzir e estrelar um filme biográfico sobre a atriz.

3. Nasce Uma Estrela
Aos 17 anos, Norma Jean trocou o trabalho na linha de produção de uma fábrica pelos estúdios de um fotógrafo do exército, dando início a sua carreira de modelo. Nos três anos seguintes, ela transformou sua aparência de forma a ficar mais parecida com uma versão pin-up de Jean Harlow e apareceu em dezenas de revistas até conseguir um contrato para trabalhar por alguns anos nos filmes da 20th Century Fox.

Junto com um dos executivos do estúdio, Ben Lyon, a modelo decidiu que seu nome artístico seria Marilyn Monroe. Em um primeiro momento, ela se dedicou a aulas de dança, canto e atuação, e teve pontas em filmes como O que Pode um Beijo (1949) e A Malvada (1950).

Seu primeiro grande sucesso foi como a interesseira Lorelei Lee na comédia musical Os Homens Preferem as Louras (1953), na qual aparece em um de seus momentos mais conhecidos: cantando Diamonds Are a Girl’s Best Friend de rosa em uma grande escadaria vermelha.

Nos anos que se seguiram, Marilyn fez mais nove filmes, entre eles O Pecado Mora ao Lado (1955), O Príncipe Encantado (1957) e Quanto Mais Quente Melhor (1959), atuação que lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz.

4. Norma Jean x Marilyn Monroe
Marilyn como figura pública acabou se tornando ainda maior do que a Marilyn atriz: ela atraía fãs e fotógrafos por todos os lados, frenesi que ficou ainda maior após seus relacionamentos com o jogador de beisebol Joe DiMaggio e o escritor Arthur Miller.

Essa construção da imagem dela como celebridade fez com que, em várias ocasiões, não fosse levada a sério como artista. Marilyn, no entanto, levava a carreira cinematográfica bem a sério: ela passou boa parte de seus anos no cinema estudando no Actors Studio, renomada escola de atuação em Nova York, e era adepta do Método de Interpretação do Ator, técnica que pede que os atores, em vez de fingir emoções, criem conexões emocionais com os personagens que estão interpretando.

Marilyn em cena (Foto: Flickr/Classic Film) — Foto: Galileu
Marilyn em cena (Foto: Flickr/Classic Film) — Foto: Galileu

Ela estava tão comprometida em dar o melhor de si em suas performances que contava com o auxílio e a mentoria de Lee e Paula Strasberg, autoridades do Actors Studio, tanto na preparação para seus papéis quanto nas gravações em si.

O conflito entre as duas personas, no entanto, agravou a já frágil saúde mental de Marilyn, que teve transtorno de ansiedade, depressão e foi viciada em remédios. Há relatos que indicam que o vício foi estimulado por pessoas que trabalhavam próximas da atriz, como forma de controlá-la melhor. Ela faleceu em 1962 por overdose de um desses medicamentos.

5. A lenda
A morte repentina de Marilyn Monroe deu margem a várias teorias da conspiração em torno da figura da artista. As principais delas colocam o serviço secreto dos Estados Unidos e Robert Kennedy como os criadores de um plano para matar a artista, que teria tido um caso com o político norte-americano. Não há evidências que confirmem essas alegações.

A cobertura da mídia mundial em torno do falecimento de Marilyn foi tão sensacionalista quanto a de sua vida. Muitas manchetes e matérias, inclusive, deram tratamentos pejorativos ao possível suicídio da atriz, usando termos e fazendo relações que atualmente são vistas como negativas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Marilyn Monroe (Foto: Wikimedia) — Foto: Galileu
Marilyn Monroe (Foto: Wikimedia) — Foto: Galileu

6 . Legado
Quase 60 anos após sua morte, Marilyn Monroe continua influenciando a cultura pop. Sua performance de Diamonds Are a Girl’s Best Friend, por exemplo, inspiraram o clipe de Material Girl, da Madonna, um cover da música por Nicole Kidman em Moulan Rouge! (2001) e a música The Math of Love Triangles, do seriado Crazy Ex-Girlfriend.

A vida da atriz também continua a intrigar o público. Além de vários documentários sobre sua carreira e impacto cultural, diversos filmes tentaram abordar esses temas nos últimos anos. Entre eles, A Verdadeira História de Marilyn Monroe (1996), em que Ashley Judd vive Norma Jean e Mira Sorvino, a persona de Marilyn Monroe, e Sete Dias com Marilyn (2011), no qual a artista foi interpretada por Michelle Williams, performance que lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz e uma indicação ao Oscar.

Marilyn Monroe (Foto: Divulgação) — Foto: Galileu
Marilyn Monroe (Foto: Divulgação) — Foto: Galileu

(Fontes: “You Must Remember This”; Marilyn, Norman Mailer, MarilynMonroe.com)

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