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Indicados ao Emmy 2020: observações sobre as séries

Patrícia Kogut

Série 'Watchmen', da HBO, lidera indicações (Foto: Divulgação)Série 'Watchmen', da HBO, lidera indicações (Foto: Divulgação)

 

Não assisti a “Watchmen”, mas, agora que a série da HBO recebeu 26 indicações ao Emmy, ela entrou em todas as listas de programas obrigatórios. Estive na cerimônia em Los Angeles duas vezes. A primeira, em 2013, quando “House of Cards” concorreu. Era a chegada da Netflix à premiação, que, até ali, só admitia a televisão tradicional. Os avanços do streaming incomodavam muita gente e o mal-estar geral era visível. Ele transparecia em farpas lançadas por quem subia ao palco e discursava. A outra vez foi em 2017, quando o Hulu se consagrou com sua “The handmaid’s tale” (aqui no Globoplay) levando os troféus de melhor série e de melhor atriz (para Elisabeth Moss). Por razões de pandemia, o Emmy deste ano será uma festa virtual. Isso não diminui em nada o peso do aval que ele representa pra os indicados.

No anúncio dos finalistas de 2020, feito anteontem, havia apostas previsíveis. “Succession” (HBO) obteve 18 indicações em categorias importantes. Seu elenco sensacional foi bem prestigiado. Menos do que isso seria, sinceramente, injusto. Essa é uma das melhores séries do momento.

As ótimas “Ozark”, “Better call Saul” e “The crown” (Netflix) também estão no páreo. Mas vejo duas grandes injustiças. A primeira é a indicação de Paul Mescal por “Normal people” (StarzPlay) sem menção à atriz que faz par com ele, Daisy Edgar-Jones. Não faz sentido já que um desempenho define o outro. Outra é o destaque dado a “Morning show” (Apple+). A série, banal, pega carona no #MeToo. Se não faz feio, também não surpreende. Sinal de que o lobby tem força no Emmy.

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