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Por — São Paulo

Apontada por Wilma Petrillo como namorada de Gabriel Penna Costa Burgos, filho de Gal Costa, a fonoaudióloga Daniela Marcilio Tonani reconheceu perante a Justiça que a empresária e a cantora viviam em união estável, mas depois voltou atrás. Gabriel pleiteia a revogação do reconhecimento de união estável entre sua mãe e sua madrinha.

Segundo o processo, ao qual o GLOBO teve acesso, Daniela declarou por escrito que “ambas conviveram em união estável como se casadas” durante 29 anos, “até o falecimento da sra. Gal Costa, em uma relação pública e duradoura desde setembro do ano de 1993”.

No entanto, segue o documento, Daniela só teria assinado a declaração “por estar assustada com a alegação de necessidade material de seu namorado”. Ela teria sido convencida por Wilma de que a declaração era necessária para que a empresária “pudesse obter a guarda provisória do herdeiro, de maneira urgente”. À época, o filho de Gal tinha 17 anos.

Gabriel pede que declaração de Daniela seja considerada nula porque Wilma teria pedido que a fonoaudióloga o assinasse o documento “sem relevar sua real intenção, alegando que o fazia apenas para requerer a guarda de Gabriel”. “Daniela, preocupada com o bem-estar do herdeiro, prestou seu depoimento escrito, que foi utilizado por Wilma em juízo, em ato contrário à boa-fé”, afirma o processo. Ou seja, a declaração foi utilizada para o reconhecimento judicial da união estável, que transformou Wilma em herdeira de Gal.

A defesa de Gabriel argumenta que Daniela não poderia reconhecer que Gal e Wilma viviam em união estável há 29 anos. “Ora, se Gabriel tem 18 anos e Daniela conheceu Gal e Wilma em razão da convivência com Gabriel, Daniela não pode afirmar a existência de qualquer união durante 29 anos, porque não a presenciou”, diz o texto.

O documento também informa que Daniela “concedeu empréstimo financeiro a Wilma Teodoro Petrillo, por estar assustada com a alegação de necessidade material de seu namorado, Gabriel, à época menor de idade e sem recursos, após a morte de Gal”.

Em entrevista ao Fantástico no último domingo (31), Wilma disse que Gabriel é manipulado pela namorada. “Ela está a fim de que o Gabriel seja o herdeiro e ela administre os bens dele”.

Ao GLOBO, a advogada de Wilma, Vanessa Bispo negou as afirmações e disse que é “incontestável” que a empresária e Gal viviam em união estável. Também afirmou não ter informações sobre qualquer empréstimo concedido por Daniela a sua cliente.

Procurada, Daniela não respondeu aos telefonemas e mensagens da reportagem.

Entenda o caso

Gabriel contesta na Justiça a união estável de mãe e Wilma. No processo, ele que diz ter sido coagido por Wilma a assinar uma carta atestando que as duas eram um casal. O rapaz também pede a exumação dos restos mortais da cantora, alegando haver “dúvida razoável” sobre a causa da morte.

No atestado de óbito, consta como causa da morte de Gal “infarto agudo do miocárdio, neoplastia maligna de cabeça e pescoço”. A defesa de Wilma afirma que a causa da morte da cantora foi “um câncer agressivo, conforme atestam prontuários médicos do hospital Albert Einstein”.

Gabriel afirma que só soube que a mãe tinha câncer depois da morte dela. Ele também quer transladar os restos mortais da mãe para o jazigo que ela adquiriu no Cemitério São João Batista, no Rio. Como Gabriel era menor de idade quando sua mãe morreu, Wilma determinou sozinha que Gal fosse sepultada no Cemitério da Ordem Terceira do Carmo, em São Paulo, onde seus fãs não podem visitá-la. A petição de exumação diz que a decisão de Wilma “causa perplexidade a todos, quiçá suspeitas”.

Na semana passada, Verônica Silva e Priscila Silva, primas de Gal, acionaram a Justiça pedindo que um testamento anulado pela cantora em 2019 volte a ter validade jurídica. Redigido em 1997, o testamento previa que o patrimônio da cantora fosse usado para criar a Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura. A gestão da fundação ficaria a cargo de cinco primas de Gal. No processo, as primas afirmam suspeitar que Gal foi coagida por Wilma a anular o testamento.

O GLOBO apurou que o fato de não ter herdeiros foi decisivo para a decisão de Gal de criar uma fundação a partir de seu patrimônio. A cantora adotou Gabriel em 2007, uma década depois de fazer seu testamento. Em 2019, ela teria se consultado com advogados de sua confiança para saber que destino dar à fundação. Teria ouvido que, uma vez que ela já tinha um herdeiro legítimo, Gabriel, não precisaria mais se preocupar com o destino de seu patrimônio após sua morte.

A advogada de Wilma, Vanessa Bispo disse as alegações das primas de Gal são “absurdas” e constituem uma “aventura jurídica”.

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