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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 02/08/2024 - 13:57

BNDES aprova R$ 1,9 bi para Azul adquirir jatos Embraer

O BNDES aprovou R$ 1,9 bi para a Azul adquirir jatos da Embraer, antecipando apoio do governo. Embraer negocia com Gol e Latam. BNDES é tradicional na financiamento a Embraer, que é segunda maior cliente do banco. Governo pretende auxiliar empresas aéreas com R$ 4 bi.

O BNDES aprovou um empréstimo de R$ 1,9 bilhão para a Azul Linhas Aéreas pagar a compra de dez jatos comerciais E195-E2 da Embraer, no primeiro financiamento à companhia aérea brasileira em quase dez anos, se antecipando à linha de apoio que o governo federal ainda lançará para ajudar o setor, informou nesta sexta-feira a instituição de fomento.

Duas semanas atrás, o presidente do banco, Aloizio Mercadante, sugeriu que o compromisso de adquirir aeronaves da fabricante brasileira, a terceira maior da indústria aeronáutica global, deveria ser uma contrapartida da futura linha de apoio, que deverá recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).

Das três principais companhias do mercado brasileiro de aviação, apenas a Azul voa com aeronaves da Embraer. Isso porque a empresa brasileira é especializada em jatos de menor porte, como jatinhos particulares e aviões para a aviação regional, enquanto as operadoras brasileiras usam, principalmente, aeronaves maiores. Recentemente, a Embraer sinalizou que Latam e Gol estariam começando a rever essa estratégia.

Azul evita comentar sobre encomenda

O GLOBO questionou à Azul quando a encomenda dos dez jato que receberão o financiamento do BNDES foi feita, mas a companhia não respondeu.

Em abril, numa cerimônia na sede da Embraer com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Azul confirmou o recebimento de 13 aeronaves da fabricante ao longo deste ano. Na ocasião, a coluna Capital, do GLOBO, revelou que os 13 jatos em questão faziam parte de uma encomenda feita em 2019.

Comunicados das empresas daquele ano dão conta da entrega do primeiro E195-E2 e mencionam um pedido total de 51 aeronaves, firmado em 2015 e ampliado em 2018.

Em nota divulgada pelo BNDES, o CEO da Azul, John Rodgerson, declarou que “o financiamento das novas aeronaves da Embraer para Azul demonstra claramente um voto de confiança em nosso negócio e nosso futuro”.

Na mesma nota, Mercadante afirmou que “a aquisição de aeronaves da Embraer pela Azul fortalece a economia nacional, gerando recolhimento de impostos aqui, além de empregos qualificados e renda no Brasil, objetivos centrais da política de desenvolvimento do governo do presidente Lula”.

Embraer, uma das maiores clientes do BNDES

Segundo o BNDES, esse é o maior financiamento do banco para a aquisição de aeronaves por parte da Azul Linhas Aéreas. Ainda nos primeiros anos de operação da companhia aérea, o BNDES havia aprovado um empréstimo de R$ 360 milhões, em 2009, e outro de R$ 330 milhões, em 2010.

O financiamento de compras de aeronaves da Embraer é tradicional no BNDES e faz com que a fabricante brasileira seja a segunda maior cliente histórica do banco de fomento, atrás apenas da Petrobras.

Como os principais mercados de aviação regional ficam fora do país, a maior parte dessas operações são de financiamento às exportações. Duas semanas atrás, o BNDES anunciou um empréstimo de R$ 4,5 bilhões para financiar uma encomenda de 32 jatos E175 feita pela American Airlines.

R$ 4 bilhões em pacote de apoio

Apesar do financiamento do BNDES para a Azul, o governo federal vem adiando o anúncio de um pacote mais amplo de apoio às companhias. O lançamento já chegou a ser prometido para abril, mas ajustes no modelo de funcionamento foram justificando os atrasos.

No último desenho do pacote, o Fnac, que já existe e é formado por contribuições de taxas pagas pelas empresas do setor, teve suas regras alteradas. Com isso, o BNDES poderá lançar mão desses recursos para fazer empréstimos diretamente às companhias aéreas. O governo pretende socorrer as empresas em cerca de R$ 4 bilhões neste ano.

Um projeto de lei com as alterações passou em junho no Senado e segue em tramitação na Câmara, informou o Ministério de Portos e Aeroportos, quando questionado sobre quando o pacote de apoio ao setor poderá ser anunciado.

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