Economia
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Por Ivan Martínez-Vargas — São Paulo

A varejista Americanas - que na sexta-feira conseguiu uma cautelar da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que protege a empresa de cobranças e bloqueios - já prepara seu pedido de recuperação judicial. A rigor, a empresa tem, pela decisão, 30 dias para formular o pedido, que precisaria ser feito à mesma Vara.

O processo em que a Americanas pediu a chamada tutela cautelar ao juiz Paulo Assed está em segredo de Justiça. Na petição inicial, obtida pelo GLOBO, a empresa afirma que seu endividamento atual é de aproximadamente R$ 40 bilhões. No terceiro trimestre de 2022, a companhia declarava ter dívida de aproximadamente R$ 19 bilhões, 89% formada por papéis com vencimento no longo prazo.

Como o próprio ex-presidente da empresa Sergio Rial admite que a estimativa do rombo de R$ 20 bilhões é preliminar e precisa passar por uma auditoria externa, pessoas familiarizadas com o assunto já falam em um passivo superior a R$ 40 bilhões.

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A situação da Americanas se agravou drasticamente nesta semana após a renúncia de Rial no dia 11 de janeiro. Ele deixou o posto nove dias após assumi-lo por ter descoberto um rombo de ao menos R$ 20 bilhões na empresa.

Segundo pessoas familiarizadas com o caso, a varejista contratou o escritório de Ana Tereza Basilio, que também atuou na recuperação judicial da operadora de telefonia Oi. Deve atuar, também representando a varejista, o escritório BMA, outro que participou do processo de reestruturação da tele.

"O direito que o Grupo Americanas busca assegurar, por meio do ajuizamento do presente pedido cautelar, é a preservação de suas atividades empresariais (...) ameaçado pela eminente possibilidade de vencimento antecipado de R$ 40 bilhões em dívida financeiras, permitindo que seus credores atacassem o caixa e demais ativos necessários para suas operações", diz parte da petição deferida pelo juiz e que deverá sustentar o eventual pedido de recuperação judicial.

Como se sabe, o magistrado atendeu a um pedido da Americanas feito na quinta-feira em reação a uma decisão do BTG Pactual de declarar o vencimento antecipado de obrigações da Americanas e o bloqueio de mais de R$ 1,2 bilhão.

No mesmo dia pela manhã, o próprio BTG Pactual havia sediado e organizado uma conferência do renunciante presidente da Americanas, Sergio Rial, na qual o executivo dizia aos investidores e credores da Americanas que a empresa era viável e dava a entender que não seria possível aos bancos antecipar os vencimentos das dívidas.

A posição do banco controlado por André Esteves contraria rumores de mercado de que os grandes bancos colaborariam numa negociação para que a Americanas não precisasse pedir recuperação judicial, em boa medida para evitar o histórico de varejistas que sucumbem ao pedirem proteção judicial contra a falência. O Valor Econômico noticiou que grandes bancos davam como certa uma rolagem da dívida.

Casos anteriores de grandes varejistas que pediram à Justiça proteção contra credores acabaram mal. O mais recente deles é o da Máquina de Vendas, controladora da antiga rede Ricardo Eletro, que pediu recuperação judicial em 2020 e não conseguiu sobreviver à crise, inclusive reputacional, do pedido. No passado, situação similar ocorreu com o Mapping, primeira loja de departamentos de São Paulo e que teve falência decretada em 1999.

Procurada, a Americanas diz em nota que "não preparou nenhuma petição de recuperação judicial neste momento e sim uma medida cautelar que permite um diálogo construtivo com seus credores".

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