Economia
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Por Manoel Ventura — Brasília

Integrantes da equipe econômica iniciaram discussões internas para mudar metas de inflação já estabelecidas, vigentes para 2023, 2024 e 2025. Embora o presidente Lula venha criticando as metas e a taxa de juros, esse é o primeiro movimento concreto de mudança nos valores pactuados pelo governo.

Em 2023, a meta de inflação é de 3,25%, alvo decidido em 2020, num contexto de forte queda na economia por conta da Covid-19. Em 2024 e 2025, é de 3%. Em todos os casos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Em 12 meses, o IPCA (a inflação oficial medida pelo IBGE) registra alta de 5,77%.

A expectativa do Focus pra 2023 é que o IPCA feche o ano em 5,78%, ou seja, acima do teto da meta para o ano, de 4,75%.

Para parte dos técnicos do governo, as metas estão baixas considerando o atual patamar de inflação no Brasil e no mundo.

Combustíveis continuam a pressionar os preços — Foto:  Lucas Tavares/Agência O Globo
Combustíveis continuam a pressionar os preços — Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo

A meta de inflação deve ser perseguida pelo Banco Central na definição da taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, pretende conter a circulação de dinheiro para consumo ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Ao reduzir a demanda, os preços tendem a cair.

Ao diminuir os juros básicos, o Copom barateia o crédito, incentivando a produção e o consumo, o que pode favorecer o crescimento da economia, mas também a inflação.

Ao alterar a meta de inflação, subindo os valores, o governo incentiva um movimento para reduzir o patamar de juros. A Selic hoje é de 13,75% ao ano. Esse número tem sido alvo de um bombardeio por parte do governo e de parlamentares da base aliada no Congresso Nacional.

O Palácio do Planalto teme que o atual patamar da taxa de juros prejudique o desempenho da economia.

A meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado hoje formado pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O presidente do BC sinalizou a integrantes do governo que não se posicionaria contra uma mudança na meta.

A primeira reunião do CMN sob o governo Lula está marcada para o dia 16 deste mês e ainda não foi decidido se a discussão sobre a meta da inflação será levada para esse encontro. Comumente, a meta de inflação é discutida no CMN de junho.

Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa da meta mais alta, de 4,5%, adotada nos governos petistas. Agora, os técnicos do governo discutem alterar as atuais metas e para quais patamares elevar os atuais alvos.

Procurado, o Ministério da Fazenda não antecipa pautas e nem temas que serão discutidos no CMN. “A manifestação será feita após a reunião, na divulgação dos votos, com os resultados”, afirma a nota.

O Ministério do Planejamento afirmou que não discute pauta do CMN.

Quando a inflação termina o ano abaixo ou acima dos limites estabelecidos pelo CMN, o presidente do BC precisa escrever uma carta pública ao ministro da Fazenda para explicar as razões do descumprimento da meta. Isso ocorreu em 2021 e 2022, quando a inflação fechou acima do teto da meta.

Com relação ao ano passado, Campos Neto argumentou em carta a Haddad que a inflação do ano passado ficou acima da meta por conta de cinco fatores. São fenômenos globais, como alta do preço do petróleo e de outras commodities, e a retomada dos serviços e do emprego após o auge da Covid-19, de acordo com ele.

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