Os Estados Unidos, a China e outras grandes economias devem fazer mais para lidar com os níveis de dívida que subirão para patamares quase recorde em cinco anos, limitando a capacidade das nações de responder a futuras crises, alertou o Fundo Monetário Internacional.
Em seu Monitor Fiscal, relatório sobre políticas orçamentárias, o FMI prevê que a relação dívida/PIB mundial subirá para 99,6% até 2028, quase o mesmo nível de 2020, quando os governos assumiram o maior aumento da dívida coletiva desde a Segunda Guerra Mundial para respaldar suas economias face à perda de produção derivada dos confinamentos pela Covid-19.
Na China e nos Estados Unidos, o endividamento em relação ao PIB deve alcançar, respectivamente, em cinco anos, 100% e 135%, níveis nunca vistos até agora nos dois países. Para a China, isto representará, inclusive, o dobro de seu nível da dívida pré-pandemia, ressaltou o FMI.
- Analistas respondem: Por que o dólar está em queda? Vai ficr abaixo de R$ 5?
Para o Brasil, o FMI projeta que a dívida atingirá 88,4% este ano. Haverá um aumento gradual, até chegar a 96,2% do PIB em 2028.
Conheça o top 10 da lista de bilionários da Forbes 2024
![O empresário francês Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, maior empresa de artigos de luxo do mundo, e família ocupam o primeiro posto da lista, com uma fortuna de US$ 233 bilhões. Foto: AFP — Foto:](https://s2-oglobo.glbimg.com/vT4UC9EBVFZNz_nWjZR6rIGgRM0=/0x0:1066x707/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/E/7TsYoDTdKYYbEpZcfhtg/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2022-4-5-14-1649179327861.jpg)
![O empresário francês Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, maior empresa de artigos de luxo do mundo, e família ocupam o primeiro posto da lista, com uma fortuna de US$ 233 bilhões. Foto: AFP — Foto:](https://s2-oglobo.glbimg.com/Twuu5eINm9CUWtudc8HuyXPIAV4=/1066x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/E/7TsYoDTdKYYbEpZcfhtg/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2022-4-5-14-1649179327861.jpg)
O empresário francês Bernard Arnault, presidente e diretor executivo da LVMH, maior empresa de artigos de luxo do mundo, e família ocupam o primeiro posto da lista, com uma fortuna de US$ 233 bilhões. Foto: AFP — Foto:
![Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e X, ex-Twitter, perdeu a liderança, mas ainda tem um patrimônio de US$ 195 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/BUU5DTeyTEboehseC-H0frnxwek=/0x0:3500x2334/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/F/oTY9tNTaODgL5g4KdAMQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-1-3-19-1609712502822.jpg)
![Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e X, ex-Twitter, perdeu a liderança, mas ainda tem um patrimônio de US$ 195 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/NstbaRsVuOydRq0SOH-t_rqRX-E=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/F/oTY9tNTaODgL5g4KdAMQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-1-3-19-1609712502822.jpg)
Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e X, ex-Twitter, perdeu a liderança, mas ainda tem um patrimônio de US$ 195 bilhões
Publicidade
![Jeff Bezos, criador da Amazon, se manteve na terceira colocação com um patrimônio de US$ 194 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/BYjDB290tbkVfhbBQzFkmV8NPRs=/0x0:5568x3712/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/F/m/B9MpzDSpObA6gxXhFTnQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-1-3-19-1609712515049.jpg)
![Jeff Bezos, criador da Amazon, se manteve na terceira colocação com um patrimônio de US$ 194 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/T9LWo-hCdKop9_YDAybNxlZyZ9s=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/F/m/B9MpzDSpObA6gxXhFTnQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-1-3-19-1609712515049.jpg)
Jeff Bezos, criador da Amazon, se manteve na terceira colocação com um patrimônio de US$ 194 bilhões
![Mark Zuckerberg, da Meta, ocupa a quarta posição do ranking da Forbes com uma fortuna de US$ 177 bilhões — Foto: Kent Nishimura/Bloomberg](https://s2-oglobo.glbimg.com/cJbTVB8PyKhK2dwWLqNut8tHdYI=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/Q/T/6o6Aj0QHGqblbdX9MVpw/big-tech-2-bloomberg.jpg)
Mark Zuckerberg, da Meta, ocupa a quarta posição do ranking da Forbes com uma fortuna de US$ 177 bilhões — Foto: Kent Nishimura/Bloomberg
Publicidade
![Larry Ellison, presidente, diretor de tecnologia e cofundador da gigante do software Oracle, está no quinto lugar no ranking, com fortuna de US$ 141 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/pSC1tbX4G_piKlW1hoQ-FFI-0UE=/796x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/k/l/uaPWwmQqC56JXtTsGejA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-10-9-12-1633794600237.jpg)
Larry Ellison, presidente, diretor de tecnologia e cofundador da gigante do software Oracle, está no quinto lugar no ranking, com fortuna de US$ 141 bilhões
![Dono do grupo Berkshire Hathaway, o investidor americano Warren Buffet, de 92 anos, aparece na sexta posição, com um patrimônio de US$ 133 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/FsQG06jUVrgPGZxZVAf1_77Qzxw=/645x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/0/9/Nm6BdVSKyZJl70HcF7XA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-22-15-1616437418737.jpg)
Dono do grupo Berkshire Hathaway, o investidor americano Warren Buffet, de 92 anos, aparece na sexta posição, com um patrimônio de US$ 133 bilhões
Publicidade
![Bill Gates, fundador da Microsoft, tem hoje uma fortuna de US$ 128 bilhões, e é o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes](https://s2-oglobo.glbimg.com/YMdmTZtLxWP-KBn2Ljxc9YhDE38=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/0/C/qCGTEhQ3Oh6MJot4rSZQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-1-3-19-1614770195063.jpg)
Bill Gates, fundador da Microsoft, tem hoje uma fortuna de US$ 128 bilhões, e é o sétimo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes
![Com um patrimônio de US$ 121 bilhões, Steve Ballmer, o ex-CEO da Microsoft, é o oitavo colocado da lista da Forbes. Foto: Bloomberg](https://s2-oglobo.glbimg.com/Q5tMlgRxnjBs6XzncnHPSXhfFoY=/928x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/X/W/H0HhYyToABfTsvGkmesw/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-7-8-7-1625742404604.jpg)
Com um patrimônio de US$ 121 bilhões, Steve Ballmer, o ex-CEO da Microsoft, é o oitavo colocado da lista da Forbes. Foto: Bloomberg
Publicidade
![Ao atingir um patrimônio de US$ 116 bilhões, o magnata indiano Mukesh Ambani, da Reliance Industries, aparece em nono lugar do ranking](https://s2-oglobo.glbimg.com/J4Uta3tysj9SSe41S0vi-gDYvWI=/917x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/O/Z/ZpbCmtRpStMPIfEF4FIg/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-10-9-11-1633794781946.jpg)
Ao atingir um patrimônio de US$ 116 bilhões, o magnata indiano Mukesh Ambani, da Reliance Industries, aparece em nono lugar do ranking
![Larry Page, cofundador da Google, é 10º mais rico, com uma fortuna de US$ 114 bilhões](https://s2-oglobo.glbimg.com/NEc0ZcEJHJXY56VvB91cM89Zohw=/959x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/R/A/0S8nKSSOapKDrO3pWRRg/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2022-3-31-17-1648757020319.jpg)
Larry Page, cofundador da Google, é 10º mais rico, com uma fortuna de US$ 114 bilhões
Publicidade
Em entrevista, o diretor do departamento de assuntos orçamentários do FMI, Vitor Gaspar, "a prioridade para a China é propor uma rede de segurança mais generosa, que anime as famílias chinesas a reduzirem seu nível particularmente alto de poupança", aumentando, assim, o consumo e, consequentemente, a receita fiscal para o Estado.
Quanto aos Estados Unidos, "vemos um aumento bastante rápido e persistente do endividamento. Beneficiam-se de que os bônus do Tesouro são considerados ativos mais seguros no mercado financeiro. Mas acreditamos ser necessário um ajuste em sua política orçamentária", detalhou Vitor Gaspar.
Também se espera que Brasil, Japão, África do Sul, Turuia e Reino Unido tenham aumentos em sua carga da dívida de mais de 5%, disse Gaspar. Sem os crescentes encargos da dívida dos EUA e da China, o mundo estaria no caminho de uma modesta redução da dívida.
A zona do euro
Se não mudarem suas políticas orçamentárias, as duas principais potências econômicas vão concentrar a maior parte do aumento acumulado até 2028, mas se estes dois países não forem levados em conta, a proporção da dívida global, ao contrário, vai diminuir, segundo o FMI.
"De fato, mais de 60% dos países vão experimentar uma redução de seu endividamento nos próximos cinco anos. O aumento se concentra em um punhado de países: China, Japão, Turquia, Brasil, África do Sul, Estados Unidos e Reino Unido", afirmou Gaspar.
A situação é "muito diferente de um país para outro", destacou.
A zona do euro deveria experimentar uma queda em sua proporção de endividamento, com uma redução regular do déficit público acumulado a cada ano.
Na Alemanha, inclusive vai cair abaixo dos 60% do PIB em 2028, contra quase 69% em 2021. A única exceção é a França, que vai experimentar, ao contrário, um aumento constante de seu endividamento nos próximos cinco anos ao ponto de superar, em 2028 (115%), o nível alcançado no auge da pandemia.