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Por Bloomberg — Londres

A Meta — dona do Instagram, Facebook e WhatsApp— anunciou o lançamento do app Threads para essa quinta-feira (6). O novo serviço conta com escala, poder de fogo financeiro e base de usuários pré-existente capaz de ameaçar o domínio do Twitter.

Desde que Elon Musk comprou a rede social no ano passado, o site de microblogs tem enfrentado falhas técnicas, problemas de moderação de conteúdo e controvérsias sobre o "absolutismo da liberdade de expressão" declarado por seu novo proprietário.

Recentemente, os dois bilionários viraram meme na internet após Musk, de brincadeira, ter chamado Zuckerberg para uma luta livre num octógono de Las Vegas.

Entenda em cinco pontos o que é o Threads e o que está em jogo:

O que é o Threads?

O Threads é um "aplicativo de conversação baseado em texto" que é amplamente visto como uma alternativa à plataforma de mídia social de Musk. Como o Twitter, o aplicativo do Instagram permitirá que os usuários escrevam e compartilhem atualizações de texto em tempo real entre grupos de seguidores, permitindo que eles curtam, respondam, compartilhem e enviem mensagens diretas.

O app até pega emprestado o nome do seu rival: Threads é outra palavra para uma série de tuites conectados de uma conta.

Imagens divulgadas na App Store da Apple sugerem que o Threads será conectado à rede de compartilhamento de fotos e vídeos da Meta, o Instagram, o que facilitará que as pessoas encontrem e rastreiem as mesmas contas que já seguem no Instagram. A página da App Store diz que o Threads será disponibilizado na próxima quinta-feira, dia 6.

Por que a Meta está lançando o Threads como alternativa ao Twitter?

Está claro o desejo da Meta de roubar os usuários do Twitter. O diretor de produtos da empresa de Zuckerberg, Chris Cox, descreveu o Threads como "nossa resposta ao Twitter" em uma reunião da empresa em junho.

"Temos ouvido de criadores e figuras públicas que estão interessadas em ter uma plataforma que seja administrada", disse Cox, em referência incisiva à forma como Musk vem administrando a empresa desde que a comprou por US$ 44 bilhões em outubro de 2022.

O que aconteceu no Twitter com Musk?

O Twitter substituiu seu sistema de verificação de selo azul por uma oferta de assinatura paga, demitiu mais da metade da força de trabalho da empresa e implementou um limite controverso no número de publicações que os usuários podem ver por dia. Problemas técnicos levantaram preocupações sobre a possibilidade de a plataforma sustentar suas operações e regular o conteúdo com menos funcionários.

Em julho, a plataforma disse que o acesso ao seu serviço TweetDeck seria limitado a assinantes pagos a partir de agosto, excluindo os usuários gratuitos. Muitas dessas mudanças atraíram críticas dos usuários e levaram a boicotes de organizações de notícias.

A União Europeia disse que o Twitter precisa colocar mais recursos para lidar com conteúdo sensível, incluindo imagens de abuso infantil e controle da desinformação sobre eleições.

Quantas pessoas estão deixando o Twitter?

É difícil dizer, porque o Twitter não divulga mais informações sobre o número de usuários que possui. Várias celebridades com grande número de seguidores deixaram de usá-lo logo após Musk assumir o controle, incluindo a estrela de televisão Oprah Winfrey e o músico Elton John, cujas contas não compartilharam um tweet desde o fim de 2022. Os atores Jim Carrey e Whoopi Goldberg excluíram suas contas.

Vários aplicativos que se comercializam como alternativas ao Twitter, incluindo a rede social de código aberto Mastodon e o Bluesky Social, um aplicativo criado a partir do Twitter por seu pelo ex-diretor executivo Jack Dorsey, registraram um aumento no número de usuários desde que a chegada de Musk.

O Mastodon tinha mais de 13 milhões de contas em meados de 2023, de acordo com uma conta que rastreia o número de usuários, acima dos 9 milhões que tinha em fevereiro.

Nenhum dos dois tem a influência do Instagram, da Meta, que tinha dois bilhões de usuários ativos mensais em dezembro de 2021, de acordo com números da empresa de Zuckerberg. Isso se compara a 330 milhões de usuários ativos mensais no Twitter no primeiro trimestre de 2019, a última vez que a empresa divulgou seus números.

A Meta deu a entender que o Threads será "descentralizado". O que isso significa?

Segundo o The Verge, portal de notícias e mídia operado pela Vox Media, o Threads será integrado a algo chamado ActivityPub, que é um protocolo de mídia social descentralizado de mídia social criado pelo World Wide Web Consortium, uma organização internacional que desenvolve padrões abertos para a web.

O ActivityPub oferece uma maneira de diferentes serviços compartilharem informações. Isso permite que os usuários comprem plataformas diferentes, além de dar a eles mais controle sobre como seus dados são usados. A maioria das grandes plataformas de mídia social é controlada por empresas privadas, que limitam o quanto os usuários podem controlar e transferir suas redes de amigos para serviços rivais.

Ainda não se sabe como o Threads se integrará ao ActivityPub. O Instagram, a plataforma à qual ele é afiliado, não funciona em um serviço desse tipo.

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