A Amazon registrou lucro líquido de US$ 13,5 bilhões no segundo trimestre do ano, um resultado muito melhor do que o esperado pelo mercado, impulsionado principalmente pelo seu negócio na nuvem (computação remota) e pela Inteligência Artificial (IA).
No entanto, o volume de negócios do gigante do comércio on-line, com faturamento de US$ 148 bilhões e avanço de 10% na comparação com igual período do ano passado, decepcionou os analistas, que previam resultados ligeiramente superiores. Os números sugerem que a empresa está gastando mais do que o esperado para atender à crescente demanda por serviços de inteligência artificial.
A gigante do comércio eletrônico previu uma receita operacional entre US$ 11,5 bilhões e US$ 15 bilhões no trimestre que termina em setembro, de acordo com um comunicado. Os analistas esperavam uma média de US$ 15,7 bilhões. As vendas do terceiro trimestre crescerão entre 8% e 11%, atingindo entre US$154 bilhões e US$158,5 bilhões, contra uma estimativa média de US$158,4 bilhões.
As ações da Amazon caíram mais de 4% após o fechamento da Bolsa de Nova York nesta quinta-feira.
O CEO Andy Jassy vem cortando custos e buscando lucratividade nos negócios de varejo da Amazon, além de gastar muito em serviços de inteligência artificial. A empresa disse que a IA representa um "negócio com taxa de receita de bilhões de dólares".
Nas últimas semanas, os investidores ficaram impacientes com os esforços das empresas de tecnologia para monetizar seus investimentos em IA.
A receita da AWS, unidade de serviços em nuvem da Amazon, aumentou 19%, alcançando US$ 26,3 bilhões.
"Continuamos progredindo em várias áreas, mas principalmente na reaceleração contínua do crescimento da AWS", declarou o presidente do grupo, Andy Jassy, citado no comunicado que relatou os resultados.