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Por O GLOBO

Imagens de satélite captadas em janeiro, e tornadas públicas neste fim de semana, confirmaram que a Venezuela está, desde novembro de 2023, reforçando sua presença militar na fronteira com a Guiana, mais precisamente na região próxima à disputada área do Essequibo. A publicação das imagens aéreas ocorre em um momento em que autoridades de Caracas voltaram a fazer advertências bélicas ao governo de Georgetown - como ocorreu em dezembro passado, e levou a uma mediação do Brasil para conter a escalada - após acenos da ExxonMobil sobre novas explorações de petróleo na região.

As imagens mostram a base militar venezuelana na Ilha Anacoco, no rio Cuyuni, que marca a fronteira com a Guiana. Nelas, é possível notar que várias seções de floresta tropical foram desmatadas a pouco tempo, além da construção de novas infraestruturas e a presença de diversos veículos blindados no local.

As imagens ilustram um movimento iniciado pela Venezuela ainda em novembro, quando o país realizou um referendo sobre a anexação do Essequibo, região rica em petróleo do país vizinho, historicamente contestado por Caracas. O referendo teve baixa participação popular, e após esse resultado o Palácio Miraflores endureceu o tom. Em janeiro, quando as imagens foram captadas, o Exército venezuelano chegou a declarar publicamente que estava reforçando a presença militar na fronteira para garantir a soberania e os interesses do país.

Fontes do governo brasileiro afirmam que estão acompanhando a situação na fronteira e trabalham para reunir mais informações sobre qualquer possível ação agressiva ou mobilização de tropas. No entanto, o entendimento de momento é que, embora as imagens sejam uma novidade, apenas demonstram um movimento que já vinha sendo acompanhado. Especialistas apontam que, caso a Venezuela decidisse invadir, suas tropas necessariamente teriam de passar pelo território brasileiro.

Região disputada pela Venezuela e Guiana — Foto: Editoria de Arte / O Globo
Região disputada pela Venezuela e Guiana — Foto: Editoria de Arte / O Globo

A tensão entre Caracas e Georgetown aumentou nos últimos dias após a ExxonMobil, empresa de exploração de petróleo americana que tem boas relações com o governo guianense, afirmar que faria novas explorações na área em disputa e revelar satisfação com o aprofundamento em temas de defesa entre o país e os EUA.

"Se a ExxonMobil tiver uma empresa de segurança privada representada pelo Comando Sul e uma pequena filial no governo da Guiana, bom para eles, mas no espaço marítimo que pertence legitimamente à Venezuela, eles receberão uma resposta proporcional, enérgica e legal", escreveu o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, em sua conta no X (antigo Twitter).

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