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Por AFP — Luxemburgo

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GERADO EM: 25/06/2024 - 03:51

UE negocia adesão Ucrânia e Moldávia

UE inicia negociações com Ucrânia e Moldávia para adesão ao bloco. Processo complexo pode durar anos. Rússia, reformas e impaciência dos países membros são desafios a serem enfrentados.

A União Europeia inicia formalmente as negociações com Ucrânia e Moldávia para a adesão dos países ao bloco nesta terça-feira, o que marca o início de um longo e complicado caminho para a entrada, que poderá durar anos. O objetivo da abertura de conversas com a Ucrânia é enviar uma mensagem de apoio ao país depois de mais de dois anos de guerra desde que a Rússia invadiu o território ucraniano em fevereiro de 2022.

Reunidos em Luxemburgo, os ministros dos Assuntos Europeus dos países da UE confirmaram a mesa de negociações para a Ucrânia e a Moldávia na sexta-feira, em uma medida que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou calorosamente. Na rede social X, Zelensky disse que foi um “passo histórico” que permitirá a muitos ucranianos ver um “sonho” tornado realidade.

"Milhões de ucranianos, e na verdade gerações do nosso povo, estão realizando o seu sonho europeu. A Ucrânia regressa à Europa, à qual pertence há séculos, como membro de pleno direito da comunidade europeia", afirmou.

A Ucrânia apresentou formalmente as suas ofertas de adesão à UE logo após o início da invasão russa do seu território, e até pressionou por um processo acelerado. O bloco europeu manteve o seu apoio mas não permitiu a incorporação imediata. O processo de adesão leva vários anos de negociações complexas entre os países aspirantes e as instituições da UE em Bruxelas, um processo que pode levar até uma década.

A Turquia iniciou conversas formais de adesão em 2005, e a situação continua em um impasse. A Albânia foi reconhecida como país candidato em 2003 e iniciou conversas formais em 2009, que ainda não foram concluídas. Montenegro, Sérvia, Bósnia e Macedônia do Norte também aguardam na fila, com impaciência crescente

Assim, é possível que as negociações avancem, mas a um ritmo mais lento do que o sonhado por Kiev. Este ritmo será marcado não só pelas ações da Rússia, mas também pela relutância de países da UE, como a Hungria.

Até agora, a Ucrânia recebeu elogios pela implementação de uma série de reformas para conter a corrupção e a interferência política, mas não ganhou promessas mais específicas.

“É um grande crédito para o governo ucraniano ter feito progressos tão rápidos rumo à adesão em tempo de guerra”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, Micheál Martin, na segunda-feira.

Na opinião dele, isto “reflete um nível de competência e um compromisso genuíno por parte do governo ucraniano em aderir à União Europeia”.

Processo lento e complexo

A guerra na Ucrânia revigorou o esforço da UE para trazer novos membros, depois de anos em que os países, especialmente nos Balcãs Ocidentais, fizeram poucos progressos nas suas esperanças de adesão. Em dezembro de 2023, a UE também concedeu o estatuto formal de candidata à Geórgia, outro dos antigos vizinhos soviéticos da Rússia.

As reuniões da UE desta terça-feira com a Ucrânia e a Moldávia darão início a um processo de avaliação até que ponto as leis desses dois países já cumprem as normas da UE e quanto ainda resta a fazer. Uma vez feito isto, a UE deve começar a estabelecer as condições para negociações sobre 35 questões, que vão desde o sistema fiscal à política ambiental.

Contudo, não parece muito provável que este diálogo progrida pelo menos este ano. A Hungria assumirá a presidência rotativa de seis meses do Conselho da UE em 1º de julho e já anunciou que o diálogo com a Ucrânia não faz parte das prioridades do seu mandato de seis meses.

As negociações desta terça-feira ocorrerão em um momento particularmente delicado para a Moldávia, com os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e o Canadá alertando sobre uma conspiração russa para influenciar as eleições presidenciais de outubro no país. Presa entre a Ucrânia devastada pela guerra e a Romênia, membro da UE, a Moldávia acusa frequentemente a Rússia de interferir nos seus assuntos internos.

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