Em BH, aliança com Duda Salabert não sai do papel e Rogério Correia irá disputar com vice do PSOL

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Neste domingo, os dois passarão por suas convenções partidárias, quando terão seus nomes avalizados por seus partidos, e seus candidatos a vice divulgados. Nos bastidores, contudo, já se dá como certo o perfil de cada chapa.

De um lado, Rogério Correia, que vinha pregando a união da esquerda na capital de Minas Gerais, irá prestigiar um dos cinco partidos que fechou apoio com ele. O escolhido é o PSOL, que abriu mão da pré-candidatura da deputada estadual Bella Gonçalves para subir no palanque do PT.

E na corrida pela vice, é justamente Bella que desponta como a favorita. Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, a deputada passou pela Câmara Municipal de Belo Horizonte e investe na bandeira da representatividade, sendo lésbica assumida.

Do outro, Duda Salabert deve se concretizar como a primeira mulher transexual a concorrer a uma prefeitura. A estratégia do PDT consiste em montar uma chapa puro-sangue:

— A Duda já pega um eleitorado mais jovem e a nossa ideia é ter um vice que atraia um público mais velho e conservador que atraia as outras pessoas, para furar a bolha — diz o presidente do diretório municipal do PDT em Belo Horizonte, Bruno Miranda.

Por meses, Rogério Correia tentou atrair Duda Salabert para a sua campanha. O pré-candidato do PT nutre um discurso de que a esquerda precisa se unir na capital para frear o bolsonarismo, representado pelo deputado estadual do PL, Bruno Engler.

As convenções do PT e PDT ocorrem neste domingo. Rogério deve ser oficializado candidato a partir das 9h, enquanto Duda deve receber o aval interno do PDT às 17h.

Dado como candidatura certa entre articuladores, Rogério Correia tem um adversário no que diz respeito ao apoio do presidente Lula (PT). Nos bastidores, o PSD, do prefeito Fuad Noman, ainda mantém conversas com o diretório nacional do PT, numa tentativa de que a postulação à reeleição do chefe municipal seja apoiada.

A pressão aumentou na última semana, após o ex-prefeito Alexandre Kalil anunciar seu apoio ao pré-candidato do Republicanos, Mauro Tramonte. Sem Kalil, a presença de Lula no palanque de Fuad se tornou ainda mais cobiçada pela sigla, que também faz parte do governo federal, com três ministérios.