Rio
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Por Carolina Heringer e Camila Araujo — Rio de Janeiro

A Justiça do Rio aumentou para dez anos e oito meses a condenação da vereadora Verônica Costa (PL), a Mãe Loura, pela tortura do seu ex-marido Márcio Costa. A decisão foi dada em julgamento nessa terça-feira, na 2ª Câmara Criminal, em apelação do Ministério Público contra sentença em primeira instância na qual a funkeira tinha sido condenada a cinco anos e 10 meses de prisão. O caso veio à tona em fevereiro de 2011, após o homem, que na época ainda era casado com a Verônica, denunciar o caso à Polícia Civil. Os desembargadores decidiram que o cumprimento da pena seja em regime inicialmente fechado. Eles ainda mantiveram a determinação de que Verônica perca o cargo de vereadora, conforme sentença do juiz Marcelo Oliveira da Silva, da 16ª Vara Criminal, de 2019.

Ao saber da decisão, Márcio Costa, ex-marido da vereadora e vítima das agressões, demonstrou alívio pela resolução do caso.

— Demorou, mas graças a Deus a Justiça foi feita — disse Marcio, que mora em Miami, nos Estados Unidos, há cerca de 10 anos. Após sofrer as agressões, Marcio precisou mudar de endereço diversas vezes e um ano depois, disse que decidiu sair do país por conta de ameaças de morte.

— Mesmo depois desse ocorrido, de ser torturado, de ter ficado em coma no hospital na UTI, ela ainda estava procurando matadores para me executar. Soube por outras pessoas que conhecíamos em comum. Eu fiquei numa situação no Rio de Janeiro muito difícil, andando com medo nas ruas, trocando de endereço toda hora. Minha vida virou uma loucura. Eu fui obrigado a sair do país — contou Márcio.

Marcio Costa, quando foi à delegacia denunciar crime  — Foto: Bruno Rohde / Agência O Globo
Marcio Costa, quando foi à delegacia denunciar crime — Foto: Bruno Rohde / Agência O Globo

Em nota, a Câmara do Rio informou que tomou conhecimento da condenação pela imprensa e que ainda não teve acesso à decisão judicial. Com relação a possível abertura de um processo de cassação a nota informa "que a legislação vigente exige que os fatos que podem gerar processo por quebra de decoro sejam contemporâneos ao mandato, o que não o ocorre no caso descrito".

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O GLOBO procurou as direções estadual e municipal do Partido Liberal, ao qual a vereadora é filiada, para comentar o assunto, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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