Algumas doenças exigem cuidado redobrado na hora de escolher o que levar ao prato. Uma delas é a gota, condição caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue, que desencadeia um depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações. Pesquisadores do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do National Center for Biotechnology Information, ambos dos Estados Unidos, afirmam que alguns alimentos podem desencadear crises em pacientes com a condição e que evitá-los pode ser a chave para melhorar a qualidade de vida.
Segundo o CDC, quem sofre com gota deve evitar alimentos ricos em frutose e purina, já que, quando metabolizados, esses compostos formam o ácido úrico. O National Center observa que os ataques de gotas são mais comuns em pessoas que comeram muita carne, peixe ou frutos do mar dias antes.
Acometendo mais homens adultos do que mulheres, a gota é uma doença metabólica que atinge uma (mais comum) ou mais articulações. Este tipo de artrite pode ter três causas: ausência congênita de um mecanismo enzimático responsável pela excreção do ácido úrico pelos rins; produção excessiva de ácido úrico pelo organismo devido a um “defeito” enzimático; alguns medicamentos, como os diuréticos e o ácido acetilsalicílico, podem levar à diminuição da excreção renal do ácido úrico.
A gota começa como um inchaço na articulação do dedão do pé, chamada de podagra, seguido de dor muito forte. Sua primeira crise pode durar de três a dez dias, mas uma nova pode acontecer somente em meses ou anos, o que faz com que a pessoa não procure ajuda imediatamente.
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Se a doença não for tratada adequadamente, as crises tendem a ser mais frequentes e prolongadas, levando a um quadro crônico e progressivo.
A nova crise pode comprometer a mesma articulação ou outras, geralmente nos membros inferiores. Quando não há tratamento, o intervalo entre as crises pode diminuir e a intensidade da dor aumentar, enquanto as articulações podem ficar deformadas.
Como não há uma cura definitiva para a gota, uma vez que é decorrência, na maioria dos casos, de falhas na eliminação ou produção de ácido úrico, o tratamento ocorre à base de dieta e medicamentos. Na contramão dos “vilões”, alguns alimentos podem ser consumidos sem riscos de engatilhar um ataque. Diferentemente do CDC, o National Center for Biotechnology Information recomenda alimentos à base de plantas ricas em purinas, como ervilhas, feijões, lentilhas e espinafre.
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