Astro de 'Star Trek' e portador de ELA: quem foi Kenneth Mitchell, ator canadense que morreu aos 49 anos

• 'Deus da animação': o americano Bill Plympton fala de novo longa e série em que cruza o Brasil com cão imaginário
• Popó x Bamban: famosos zoam desempenho de ex-BBB em luta que durou 36 segundos

Em “Capitã Marvel”, ele interpretou o pai da super-heroína, Carol Danvers. Ele também era conhecido por interpretar Eric Green na série “Jericho”, Joshua Dodd na série “Nancy Drew”, um jogador de hóquei no filme “Miracle” e apareceu em vários outros filmes e séries de televisão.

Mitchell interpretou os Klingons Kol, Kol-Sha e Tenavik, bem como Aurellio, em “Star Trek: Discovery” e dublou vários personagens em um episódio de “Star Trek: Lower Decks”.

Em uma entrevista de 2017 ao StarTrek.com , ele disse que esperava fazer os espectadores pensarem de forma diferente sobre os Klingons, os guerreiros humanóides cujo papel no universo Star Trek mudou ao longo das décadas.

“Se alguém é bom ou mau, é tudo uma questão de perspectiva e de compreensão dessa cultura”, disse ele ao StarTrek.com em 2017. “Você conhecerá os Klingons em nosso programa e então as pessoas poderão decidir se realmente somos os vilões.”

Mitchell morava com sua esposa, a atriz Susan May Pratt, e seus filhos em Los Angeles. Ele nasceu em 25 de novembro de 1974, em Toronto, filho de Diane e David Mitchell.

Em 2018, o Sr. Mitchell foi diagnosticado com ELA, de acordo com um comunicado postado em suas redes sociais em agosto. Ele revelou seu diagnóstico em entrevista à People Magazine em 2020, dizendo que desde o momento em que descobriu, foi “como se eu estivesse assistindo aquela cena em que alguém ouve que tem uma doença terminal”. Ele acrescentou: “Foi apenas uma descrença completa, um choque”.

Mitchell disse que se concentrou em passar mais tempo com sua família e rejeitou um papel principal em uma série de televisão que exigia a mudança de volta para o Canadá. Os criadores da série “Nancy Drew” também se acomodaram à sua doença, disse ele à People, usando um dublê quando necessário. Outras funções foram criadas para ele que lhe permitiam sentar-se, acrescentou.

“Esta doença é absolutamente horrível”, disse Mitchell na postagem do ano passado, que acompanhava uma foto dele assistindo o pôr do sol em uma cadeira de rodas na praia. “No entanto, apesar de todo o sofrimento, há muito pelo que agradecer”, acrescentou.