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Por — São Paulo

Desde que o governo federal sinalizou que estudava taxar compras internacionais, em abril deste ano, o plano de nacionalização da Shein avançou. Em seis meses, a varejista chinesa firmou parceria com 330 fornecedores espalhados em 12 estados. Nesta quinta-feira, anunciou a criação de três coleções voltadas aos consumidores brasileiros.

As linhas de roupa incluem peças íntimas, trajes de banho e roupas plus size, como saias, calças e vestidos. Uma categoria inserida no aplicativo da empresa indica os itens de envio nacional. Segundo a plataforma, a coleção busca atender as tendências de consumo local, incluindo uma tabela de medidas adaptada aos padrões brasileiros.

Ao anunciar as novas coleções, a empresa reforçou as metas de seu plano de nacionalização. O objetivo é firmar parceria com 2 mil fábricas brasileiras nos próximos três anos. Até 2026, a Shein espera que 85% das vendas no Brasil sejam compostas por produtos produzidos localmente. O plano inclui investimento de R$ 750 milhões no país.

Remessa Conforme e competitivide menor

Desde que deu início a operação local, a empresa diz ter fabricado quatro mil modelos no Brasil. Dos 330 fornecedores com os quais trabalha, 213 operam no modelo de negócios da varejista chinesa, com produção de lotes menores, de 100 a 200 unidades por produto, de acordo com a demanda.

Para melhorar a logística de entregas no mercado local, a varejista chinesa também tem ampliado espaços de galpão . Segundo a consultoria imobiliária Newmark, a marca liderou os aluguéis de galpões no último trimestre, com 135 mil metros quadrados a mais locados no GLP Guarulhos II.

A marca aderiu em setembro ao Remessa Conforme, programa do governo federal que isenta de imposto de importação compras até US$ 50, e que tem como um dos focos evitar a entrada de produtos sem os devidos tributos.

Uma análise do BTG Pactual, divulgada nesta semana, mostra que o programa reduziu a competitividade da marca em relação aos concorrentes brasileiros. Ainda assim, a empresa segue na liderança do ranking de menores ofertas de preços, com valores 26% mais baixos que a segunda colocada, a Renner, e 22% mais barata que a Riachuelo.

R$ 7 bilhões em vendas no Brasil

A pesquisa mostra que, apesar dos preços competitivos no Brasil, esse é o mercado em que a varejista tem os preços mais altos, entre 15 países analisados. "Movimentos recentes de Shein para expandir o fornecimento local (embora o ritmo desta estratégia seja incerto) deve diversificar a sua produção, melhorar os níveis de serviço e alavancar o já elevado tráfego orgânico em sua plataforma (com maior duração de visita e páginas por visita do que pares)", avalia o banco, no documento do dia 15 de outubro.

Em relatório de janeiro, o banco estimou que, no Brasil, a marca tenha gerado R$ 8 bilhões em receita bruta com vendas em 2022, contra R$ 2 bilhões em 2021. O valor, depois, foi atualizado para R$ 7 bilhões - mesmo assim, maior que o de varejistas brasileiras, como a Marisa, com receita de R$ 3.2 bilhões. Globalmente, as vendas atingiram US$ 30 bilhões no ano passado. Na análise, o país aparece em terceiro lugar entre aqueles com mais usuários da plataforma da Shein.

O boliviano Marcelo Claure, ex-SoftBank, é o principal nome por trás da expansão nacional da empresa. Além de presidente do conselho da Shein na América Latina, o empresário acumula desde o início do mês o cargo de vice-presidente executivo Global, com atuação direta com o fundador da varejista, Sky Xu.

Claure também liderou as conversas da plataforma de e-commerce com o governo brasileiro durante as tratativas sobre taxação de compras internacionais.

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