A inflação na Venezuela ultrapassou 300% em 2022, de acordo com estimativas divulgadas nesta quinta-feira pela ONG Centro de Difusão do Conhecimento Econômico (Cedice). Os dados apontam que o setor de alimentos foi o mais afetado, com altas de preços registrando altas de até 332,43%.
A Cedice também informou um aumento de 27,01% no custo de vida em dólares no ano passado, devido ao fato de a inflação ter sido maior que a depreciação da moeda local, o bolívar, em relação à dos EUA.
O dólar domina as ruas venezuelanas desde 2019, depois que o governo do presidente Nicolás Maduro flexibilizou um controle de câmbio que proibiu sua livre circulação durante 15 anos.
O Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), centro de pesquisas vinculado à oposição, também anunciou sua estimativa de inflação acumulada em 2022: 305,7%.
Sem contraceptivos: o drama das venezuelanas em imagens
![Mães, cujas famílias passam fome, esperam por uma refeição em Caracas, na Venezuela (08.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/DUFDMGxCRVFNPL7ibeltZTo-ViQ=/0x0:4500x3004/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/8/D/Ofm1oSQkqZng4i4YF5Ow/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615383754182.jpg)
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Mães, cujas famílias passam fome, esperam por uma refeição em Caracas, na Venezuela (08.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT
![Johanna Guzman, 25 anos, cuida dos filhos em sua casa nos arredores de Caracas (07.12.20). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/B6zs-LfMxiliSVPQZcyVmrTpg3A=/0x0:8500x5674/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/5/j/BY25MfSL2hgjqALKQl2Q/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615383859331.jpg)
![Johanna Guzman, 25 anos, cuida dos filhos em sua casa nos arredores de Caracas (07.12.20). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/FuDwPierQpKDIQvBGURCKhQszZc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/5/j/BY25MfSL2hgjqALKQl2Q/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615383859331.jpg)
Johanna Guzman, 25 anos, cuida dos filhos em sua casa nos arredores de Caracas (07.12.20). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT
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![Os quatro filhos de Johanna Guzman, 25 anos, comem com o irmão mais moço da mãe (07.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/ZHwyhSmBHEjFT8XW-PdJ3CYkeEo=/0x0:4500x3004/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/Q/7/wCEfVFQR6uPx4mDJDgBQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615384430538.jpg)
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Os quatro filhos de Johanna Guzman, 25 anos, comem com o irmão mais moço da mãe (07.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT
![Mulheres fazem fila do lado de fora da clínica Plafam, uma organização sem fins lucrativos, em Caracas (04.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têm NYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/zlDeDtpDSSvuz-lMHTNCs9unack=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/7/l/CDwsCyQYeQAk2Dt7LzmA/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615384190763.jpg)
Mulheres fazem fila do lado de fora da clínica Plafam, uma organização sem fins lucrativos, em Caracas (04.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têm NYT
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![Yuliany Lopez, 21 anos, implanta um DIU em uma clínica de saúde feminina em Caracas (04.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/8ZaMG5b-UrEE-7_mpyJNA3ItddE=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/a/O/zpiAMSTBCV5u5GCpRK8w/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615383967820.jpg)
Yuliany Lopez, 21 anos, implanta um DIU em uma clínica de saúde feminina em Caracas (04.12.2020). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT
![Pilar, mãe de dois e com diploma de graduação, enfrenta a dor de um aborto feito com uso de medicamentos, sozinha, em casa. (02.01.2021). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT](https://s2-oglobo.glbimg.com/PDycQXY5PJx5SQqcf2YpP6UkOcQ=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/1/j/CuFeikTsmX37CcdBLOAg/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2021-3-10-10-1615384335652.jpg)
Pilar, mãe de dois e com diploma de graduação, enfrenta a dor de um aborto feito com uso de medicamentos, sozinha, em casa. (02.01.2021). Contraceptivos não são acessíveis para a maioria das venezuelanas, o que as leva a gravidezes indesejadas em um momento em que mal conseguem alimentar os filhos que já têmNYT
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Depois de um longo período de hiperinflação, o paí caribenho tem vivido uma desaceleração no ritmo da alta de preços. No entanto, ainda tem uma das maiores inflações do mundo.
De acordo com o Banco Central venezuelano (BCV), a inflação de 2021 foi de 686,4%. No último informe oficial, a inflação acumulada entre janeiro e outubro de 2022 chegou a 119,4%.
Após seis anos de uma contração sem precedentes e uma estabilização em 2021, ainda que no fundo do poço, a economia venezuelana cresceu no ano passado. O Banco Central da Venezuela anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 deve ter fechado com um crescimento de 18,7%, "o maior da América Latina por quatro semestres consecutivos".