Tecnologia
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Por — Rio de Janeiro

Lançada no Brasil em julho do ano passado, a rede 5G promete se tornar a tecnologia líder até o fim da década, sendo usada em 77% das conexões móveis, de acordo com pesquisa da GMSA, associação internacional do setor. Hoje, está presente em apenas 5,8% das 252,4 milhões de linhas de celulares do país.

Para isso, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acelera a limpeza das frequências e espera que o número de municípios aptos a receber a nova tecnologia suba dos atuais 2.500 para 3.677 até meados de 2024. A previsão é que o 5G alcance todo o território nacional em 2029.

A quinta geração da internet móvel promete velocidade até cem vezes a do 4G atual. Além disso, tem uma baixíssima latência (tempo de resposta entre clicar e carregar uma página ou um vídeo). Com essas características, vai permitir a oferta de novos serviços para os consumidores, como realidade mista — quando o mundo físico e virtual se misturam — e experiências interativas em smartphones e laptops.

 — Foto: Arte O Globo
— Foto: Arte O Globo

Para assegurar a expansão do 5G, o setor investiu R$ 38 bilhões em infraestrutura em 2022, segundo a Conexis, que representa as teles no Brasil. Estima-se um avanço de 5% dos aportes neste ano.

Mais antenas

Presente em 180 cidades e com meta de chegar a 200 até o fim de 2023, a TIM já cobre 35% da população urbana do país, afirma Fabio Avellar, vice-presidente de Receitas da empresa. A operadora prevê investir R$ 13,3 bilhões entre 2023 e 2025.

— O Brasil já tem mais de 10 milhões de usuários. É um número que foi alcançado menos de um ano após o lançamento dos serviços, o que mostra a adoção acelerada dessa tecnologia. Ainda temos a barreira do smartphone, mas é algo que vem sendo ajustado com os fabricantes.

 — Foto: Arte O Globo
— Foto: Arte O Globo

Avellar se refere ao elevado preço dos smartphones, que precisam ser aptos a rodar nas frequências da quinta geração. Hoje, o valor médio é de R$ 3,3 mil, segundo a consultoria IDC. É bem maior que os R$ 1.300 dos modelos 4G. Democratizar o acesso aos aparelhos é um dos principais desafios para o avanço do 5G no país.

O elevado preço dos celulares é apontado como uma das razões para o fato de que a quinta geração da internet móvel pura (ou standalone, como é chamada tecnicamente) estar funcionando comercialmente em apenas 267 cidades, apesar de cerca de 2.500 já estarem liberadas para o uso.

Ainda assim, para Marcos Ferrari, presidente da Conexis, o número atual deve ser comemorado, pois está acima do que previa o edital do leilão do 5G, em novembro de 2021.

A Vivo, maior companhia do país, vai destinar R$ 9 bilhões em investimentos para expansão da rede 5G, que já soma 127 cidades. Segundo Juan Claros, vice-presidente de Engenharia, cerca de 23% da base de clientes pós-pago possuem aparelhos compatíveis com o 5G:

— O 5G necessita de uma quantidade significativa de novas antenas em um curto espaço de tempo. Esse é um desafio de negociação de áreas, licenciamentos e construção que a Vivo vem endereçando e buscando soluções alternativas.

5G - evolução dos investimentos — Foto: Arte O Globo
5G - evolução dos investimentos — Foto: Arte O Globo

Paulo Cesar Teixeira, presidente da unidade de Consumo e PME (pequenas e médias empresas) da Claro, lembra que em grandes cidades o tráfego de dados nas redes 5G já supera os 20%, chegando a 25% em São Paulo e Recife.

Reforma tributária

O executivo destacou a criação de novos serviços como o FWA, uma espécie de roteador que oferece internet fixa via rede móvel 5G.

— O 5G é um mercado que traz diversos desafios de infraestrutura e tecnologia, além do desenvolvimento de aplicações. Outro ponto de atenção é a massificação da adoção da tecnologia. Para isso, uma faixa de preço mais acessível para os dispositivos é fundamental.

Ferrari, da Conexis, frisa ainda que as discussões sobre a Reforma Tributária devem avançar, para dar mais competitividade às empresas. Hoje, a carga tributária do setor é uma das maiores do mundo, de mais de 29%, atrás apenas de Paquistão e Bangladesh, diz.

— Isso prejudica investimentos e a ampliação da conectividade. É preciso reduzir a carga, com ganho direto para o consumidor .

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