A empresa de laticínios SanCor e a Associação dos Trabalhadores da Indústria de Laticínios da República Argentina (Atilra) devem assinar um novo acordo para resolver o conflito que nos últimos meses paralisou a produção e distribuição dos produtos fabricados nas fábricas da cooperativa em Sunchales, na Argentina. No entanto, um problema adicional está complicando o desenvolvimento da empresa e um leilão de 680 mil quilos de queijo deve ocorrer no dia 10 de julho.
Por conta da falta de pagamento de um empréstimo, foi ordenado o leilão de 680 mil quilos de queijo que serviam como garantia para um dos empréstimos que a cooperativa contraiu para superar um momento financeiro conturbado. Esse empréstimo, no valor de US$ 4 milhões, venceu e o credor decidiu executar a garantia.
Segundo o edital publicado no último fim de semana em veículos de comunicação argentinos, a empresa financeira IIG Structured Trade Finance Fund Ltd. é credora da SanCor. Os lotes incluem 512.373 quilos de queijo duro e 168.250 quilos de queijo semiduro, avaliados em cerca de US$ 4,9 milhões (aproximadamente R$ 27,3 milhões).
Próximos passos
É esperado que o anúncio da data para a assinatura do acordo entre a empresa de laticínios e associação de trabalhadores saía esta semana. Os detalhes do processo são mantidos em sigilo pelas partes. No entanto, a cooperativa reconheceu que o acordo irá encerrar os imbróglios que surgiram nos últimos meses por conta das questões salariais, que prejudicaram o desenvolvimento das atividades industriais.
Em uma assembleia realizada na Atilra, na qual participaram trabalhadores que atualmente estão realizando retenção parcial de tarefas na cooperativa de laticínios, foi aceita uma proposta da empresa, que desencadeou o conflito que durou oito meses.
Além disso, o deputado provincial Carlos del Frade (Frente Amplio por la Soberanía) apresentou um pedido de informações ao governo liderado por Maximiliano Pullaro sobre a situação atual da empresa SanCor e o futuro imediato dos trabalhadores.
"SanCor enfrenta há anos um cenário extremamente complexo, com dívidas milionárias e um quadro de funcionários mergulhados na incerteza. É fundamental saber qual é a visão que o governo provincial tem sobre o presente e o futuro próximo da empresa", afirmou o legislador.