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Por O GLOBO — Caracas

O partido da líder opositora venezuelana María Corina Machado, Vem Venezuela, denunciou uma invasão à sede nacional da campanha da oposição e ao escritório de María Corina na madrugada desta sexta-feira. A denúncia acontece em um momento em que o presidente Nicolás Maduro deu declarações prometendo ampliar a repressão contra aqueles que questionarem o resultado da eleitoral.

"Assalto às 3h da manhã com arma de fogo em 'El Bejucal', sede nacional do Comando Com Venezuela [campanha da oposição] e escritório de María Corina. Seis homens encapuzados e sem identificação dominaram os seguranças. Eles os ameaçaram e passaram a fazer pichações, arrombar portas e levar equipamentos e documentos. Denunciamos os ataques e a insegurança a que estamos sujeitos por motivos políticos e alertamos o mundo sobre a proteção dos nossos membros", denunciou o partido, em uma publicação na rede social X.

María Corina e o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia — reconhecido como vencedor da eleição do último domingo pelos EUA —, denunciam uma "escalada cruel e repressiva" do regime chavista. Ao menos 11 pessoas morreram em protestos convocados pela oposição em meio à falta de transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre a contagem dos votos. Em um artigo no The Wall Street Journal, María Corina disse estar vivendo na clandestinidade após sofrer ameaças.

"Estou escrevendo isso escondida, temendo pela minha vida, pela minha liberdade", escreveu no artigo ao jornal, publicado pouco antes da divulgação de um vídeo em que ela aparece convocado novas manifestações para o sábado.

As denúncias de repressão não parecem estar inibindo uma escalada das ações governistas. Na quinta-feira, Maduro afirmou que está preparando prisões de segurança máxima para punir opositores, e disse que mais de 1,2 mil pessoas foram capturadas.

— Estamos procurando mais de 1 mil e vamos pegar todinhos porque eles foram treinados nos Estados Unidos, no Texas; na Colômbia, no Peru e no Chile — declarou Maduro.

Referindo-se aos manifestantes como "terroristas", "delinquentes" e membros de "quadrilhas de nova geração", Maduro os comparou às gangues no Haiti.

— Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti — afirmou o mandatário. — Têm muito caminho a percorrer, então que façam estradas — acrescentou, em alusão à "reeducação" que será implementada nestes presídios.

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