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Por e — Brasília e Rio de Janeiro

A procura por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que envolve 600 policiais, completou uma semana nesta terça-feira. Os dois estavam detidos na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), unidade de segurança máxima do governo federal. Há indícios de que os dois, ao percorrerem cerca de 38 quilômetros, mesmo sem direção definida, ultrapassaram o raio de 15 quilômetros a partir do presídio delimitado para as buscas.

A operação montada para a captura de Deibson e Rogério começou com 300 policiais, mas essa quantidade já dobrou. O último reforço foi de cem homens e 20 carros da Força Nacional de Segurança, determinado na segunda-feira por Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça.

A dificuldade nas buscas foi agravada com as chuvas na região nos últimos dias em Mossoró e no município vizinho de Baraúna. Depois da saída, a primeira pista da dupla foi achada na localidade do Rancho da Caça, a sete quilômetros do presídio. Os dois invadiram uma casa e roubaram roupas, biscoito, queijo, melancia, pão de forma, margarina e fósforos. O arrombamento foi um indício de que eles seguiram ao norte da penitenciária.

Na sexta-feira, duas camisas azuis, como as dos uniformes dos detentos, uma rede e rastros de sapatilhas semelhantes às usadas pelos fugitivos foram encontrados na Serra de Mossoró, próximo ao Parque Nacional da Furna Feia. A unidade de conservação, que tem 8.494 hectares e fica entre Mossoró e Baraúna, tem 218 cavernas.

Presos fogem de penitenciária:

Lewandowski admitiu que ambos poderiam se esconder nas grutas. Segundo o ministro, mesmo com sensores térmicos nos drones usados nas buscas, as cavernas poderiam dificultar a localização dos criminosos. Outra possibilidade admitida é de Deibson e Rogério estarem em algum sítio. Além dos drones, três helicópteros também são usados na procura.

Após a descoberta no parque, a polícia foi informada de que os dois teriam voltado para Riacho Grande, um distrito rural perto do presídio, onde invadiram outra casa e fizeram um casal de refém. Eles jantaram, assistiram a um telejornal e levaram celulares para tentar contato com números do Acre, do Ceará e do Rio. A polícia acredita que a dupla tenta entrar em contato com o Comando Vermelho, facção de que fazem parte.

A última denúncia sobre os fugitivos veio domingo, quando um morador de Baraúnas informou à polícia que eles estariam em uma propriedade privada no Vilarejo Primavera, já a 19 quilômetros do presídio. A polícia montou um cerco, mas eles novamente não foram encontrados.

Veja o passo a passo das buscas

1) Saída da cadeia

Saída da cadeia em Mossoró (RN) — Foto: Editoria de Arte
Saída da cadeia em Mossoró (RN) — Foto: Editoria de Arte

Na quarta-feira da semana passada, Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, de 34, fugiram do Presídio Federal de Mossoró (RN). Segundo as investigações, eles usaram vergalhões retirados das próprias barras de ferro para arrancar a estrutura metálica da luminária no teto da cela, por onde escaparam. Apenas uma câmera, com imagem pouco nítida, registrou o momento da evasão, e a Polícia Federal apura se a dupla recebeu ajuda de agentes penitenciários.

2) Primeira casa invadida: Rancho da Casa, a 7km do presídio

Primeira casa invadida, Rancho da Casa, a 7 km do presídio — Foto: Editoria de Arte
Primeira casa invadida, Rancho da Casa, a 7 km do presídio — Foto: Editoria de Arte

Logo depois, o primeiro movimento dos dois foi em direção ao norte, até invadirem uma casa no Rancho da Casa. No local, roubaram peças de roupa, biscoito, queijo, melancia, pão de forma, margarina e fósforo. Não havia pessoas no imóvel, mas o dono desconfiou dos furtos.

3) Itens encontrados na Serra de Mossoró, a 11km do presídio

Itens encontrados em Serra Mossoró, a 11 km do presídio — Foto: Editoria de Arte
Itens encontrados em Serra Mossoró, a 11 km do presídio — Foto: Editoria de Arte

Na sexta-feira passada, policiais encontraram duas camisas, rede e rastros de sapatilhas na Serra de Mossoró. O local fica próximo ao Parque Nacional da Furna Feia, onde há 218 cavernas. Forças de segurança concentraram esforços em buscas no parque após o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ter cogitado a possibilidade de esconderijo nas grutas.

4) Segunda casa invadida: Riacho Grande, a 3km do presídio

Segunda casa invadida, em Riacho Grande, a 3 km do presídio — Foto: Editoria de Arte
Segunda casa invadida, em Riacho Grande, a 3 km do presídio — Foto: Editoria de Arte

Na noite de sexta, os dois fizeram um casal refém numa casa em Riacho Grande. Munidos de uma faca, jantaram, assistiram jornal, pediram acesso à internet, roubaram ovos, água e laranjas. Ainda roubaram dois celulares do casal e teriam feito três ligações — uma delas seria para a mãe de Tatu, no Acre; a segunda teria sido para o Rio, e a terceira para o Ceará. A polícia desconfia da tentativa de contato com integrantes do Comando Vermelho.

5) Avistados por morador em Vilarejo Primavera, a 19km do presídio

Avistados por morador em Vilarejo Primavera (Baraúnas-RN), a 19 km do presídio — Foto: Editoria de Arte
Avistados por morador em Vilarejo Primavera (Baraúnas-RN), a 19 km do presídio — Foto: Editoria de Arte

No domingo, um morador de Baraúnas (RN) acionou a polícia para informar que viu os fugitivos. Eles estariam em uma propriedade privada no Vilarejo Primavera, já próximo da divisa com o Ceará, a oeste. A polícia montou um cerco no local, mas eles não foram encontrados.

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