Finanças
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Por Letycia Cardoso — Rio de Janeiro

O dólar fechou no menor patamar ante o real em um ano, caindo 0,08%, cotado a R$ 4,8624. É a menor cotação desde 6 de junho de 2022, quando encerrou a R$ 4,7956. Para quem vai viajar para o exterior ou quer fazer investimentos lá fora, surge logo a pergunta: É hora de comprar? Ou a tendência é que a queda se acentue?

Segundo especialistas, entre os principais fatores para a valorização do real frente ao dólar estão a percepção de redução do risco fiscal, a desaceleração inflacionária mundo afora, além de uma provável pausa no aperto monetário nos Estados Unidos.

Para Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora, a desaceleração no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA, que subiu apenas 0,1% em maio após avançar 0,4% em abril, fomenta a tese de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) poderá manter a sua taxa de juros na reunião desta quarta-feira.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, 94,2% dos analistas do mercado financeiro acreditam que não será feito nenhum acréscimo. Aline Marques, sócia e assessora de investimentos da Ável, explica que juros menores em economias avançadas como a americana beneficiam países emergentes, como o Brasil, que ficam mais atraentes para os dólares dos investidores estrangeiros.

Segundo ela, a taxa Selic em 13,75% tem impulsionado a entrada de capital estrangeiro, atraído pelos altos rendimentos da renda fixa. Com mais dólar chegando ao país, a maior oferta da moeda americana joga a cotação para baixo frente ao real.

Estímulos dados pelo governo da China para alavancar a sua economia, como a redução das taxas de juros de curto prazo, também ajudam o câmbio brasileiro, já que o país asiático é um grande parceiro comercial do Brasil. A expectativa é que, com maior demanda por minério de ferro, empresas ligadas à commodity se beneficiem, o que conquista a atenção de investidores.

Sede do Banco Central do Brasil: juros influenciam o câmbio — Foto: Andressa Anholete/Bloomberg
Sede do Banco Central do Brasil: juros influenciam o câmbio — Foto: Andressa Anholete/Bloomberg

— A gente é muito mais forte no mercado de commodities do que outros países emergentes, como o México, o que aumenta a nossa competitividade — diz Velloni.

Diego Costa, head de câmbio para o Norte e Nordeste da B&T Câmbio, acrescenta que a percepção de redução do risco fiscal, devido aos debates sobre a reforma tributária e tramitação do arcabouço fiscal, aumenta a atratividade do real em relação ao dólar.

Arcabouço pode aprofundar movimento

— Mesmo não sendo consenso no mercado, o arcabouço fiscal tem recebido um ‘voto de confiança’, e o otimismo a respeito já está sendo precificado atualmente. A existência da regra é considerada positiva, e a confiança pode aumentar se o texto final aprovado for mais restritivo e comprometido com as contas públicas — opina.

Com o Boletim Focus do Banco Central prevendo que o dólar alcance o patamar de R$ 5,10 no fim deste ano, Costa avalia o momento atual como oportuno para a compra, ponderando que, apesar dos indicadores favoráveis ao aumento do apetite ao risco neste momento, as condições podem mudar com base em novos dados.

Queda dos juros pode provocar alta do dólar

Já Aline alerta que cortes na taxa Selic, previstos para o segundo semestre, podem levar a uma fuga de capital e, consequentemente, à valorização da divisa americana:

— Agora é um bom momento para pensar em diversificação de portfólio, já que o dólar está em patamar mais baixo e os investimentos internacionais, com taxas de juros altas.

'Bom ponto de compra'

O economista-chefe da Frente Corretora calcula o momento atual como um “bom ponto de compra”.

— Ainda não se sabe o quão volátil é o cenário político. Vale comprar aos poucos porque, se tiver algum descompasso no governo com relação à aprovação do arcabouço fiscal ou da reforma tributária, o dólar pode voltar a subir — sugere Velloni.

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