Cultura
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Por — Rio de Janeiro

A tal da Superturnê não tem esse nome apenas porque é a de “Super”, o quarto álbum da carreira do paulista Jão, lançado em agosto do ano passado. Num 2024 de grandes turnês canceladas (Ivete Sangalo, Ludmilla), o cantor de 29 anos esgotou ingressos para 11 dos 16 shows programados para espaços gigantes (entre eles, os dois da estreia, em janeiro, no paulistano Allianz Parque), correu o Brasil de Norte a Sul e faturou mais de R$ 49 milhões.

Este sábado, Jão faz na Praça da Apoteose, a partir das 20h30, o seu aguardado show carioca. E volta à cidade na quinta-feira para apresentar o seu case de sucesso em palestra no Rio 2C.

— A gente geralmente chega no Rio um pouco mais frio, menos rodado... é a primeira vez aí que eu vou fazer um show mais aquecido — observa o astro, em entrevista por Zoom, mostrando-se seguro de ter feito a escolha certa pela Apoteose, depois que problemas levaram ao cancelamento do show que deveria acontecer no último dia 11 no Riocentro. — O que me preocupou mais foi fazer com que a mudança fosse confortável. Tem muita gente de fora que paga passagem, hotel... mas foi tudo muito tranquilo. E a Apoteose é maior, vai acomodar melhor a forma como a gente queria apresentar o espetáculo.

Com apenas duas datas da Superturnê para cumprir depois do Rio (uma em 24 de agosto na Arena Fonte Nova, em Salvador; e o grand finale em 18 de janeiro de 2025, de volta ao Allianz Parque), Jão demonstra ter chegado a um ponto de intimidade com o show no qual entra no palco, fecha o olho e nem vê para onde está indo. É um espetáculo longo, em que ele passa pelos quatro atos (Terra, Água, Ar e Fogo) de seus quatro álbuns, com cenário grandioso, interação com o público, câmera na mão e até levitação.

— Antes do começo, eu estava com muito medo da parte técnica, porque eram coisas mais difíceis do que as que a gente já tinha tentado fazer. Até hoje, tem que passar o dia inteiro antes treinando os números, adaptando tudo, porque o Brasil ainda não tem estrutura para que todos os shows consigam ser a cópia um do outro, em diferentes lugares — diz Jão, nunca livre dos imprevistos. — Já derrubei a câmera, já perdemos o sinal dela, agora recentemente a máquina parou e eu fiquei um tempo parado na levitação, que nem uma carne no açougue. Mas, depois desses seis anos fazendo turnês, fui aprendendo a não travar com esses erros.

Com o tempo também, Jão diz ter conseguido refinar sua comunicação com o público:

— Antes, eu tinha o ímpeto de falar muito, quase como que querendo explicar cada música, hoje eu falo muito menos. Ainda tenho o diretor no meu ouvido para me ajudar dizendo “chega!”, mas aprendi a respeitar a dinâmica do show. Isso não só não tirou a intimidade com as pessoas, como aumentou a qualidade e a importância das horas que eu tenho para conversar.

Amadurecimento é a palavra de ordem do cantor, que completa 30 anos em novembro, mas antes disso debuta no Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, tanto em Lisboa (no mês que vem) quanto no Rio de Janeiro (em setembro).

— O ano de 2023 foi um dos piores da minha vida, por inúmeras razões, profissionais e não profissionais. Mas, em 2024, eu pude dizer pra mim mesmo: “Velho, você está fazendo o que ama e teve a sorte de criar uma equipe que fez isso acontecer” — diz ele, que há um ano e meio tem registrado shows e bastidores para um produto audiovisual ainda a ser formatado. — Acho que estou uma pessoa mais legal de se conviver este ano, estou brigando menos e curtindo mais. Hoje, se eu quiser ficar um ano fora, no interior de São Paulo, com a minha família, tá tudo bem.

Jão beija o namorado, Pedro Tófani, em show no Allianz Parque, em São Paulo — Foto: Divulgação/Adriana Spacca
Jão beija o namorado, Pedro Tófani, em show no Allianz Parque, em São Paulo — Foto: Divulgação/Adriana Spacca

E esse novo momento de sua vida, Jão deixou bem marcado em janeiro, quando, no meio do show do Allianz, deu um beijo de cinema no namorado, o seu sócio e diretor artístico Pedro Tófani.

— Acho que isso fez uma diferença para os meus fãs, eles se sentiram mais confortáveis de poder falar sobre algo do qual já falavam. Não era algo que eu quis omitir, mas acho que eu precisava que estivesse tudo bem para que pudesse ser mais público do que já era. E foi muito legal, me senti meio num Dorama — brinca. — Foi num estádio, os fogos de artifício estavam explodindo, as pessoas cantando, uma alegria imensa. Foi natural, gostoso de acontecer. O negócio é que agora os fãs acham que eu vou atender as expectativas de pelo menos um beijo por show!

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