Saúde
 


Depois de ter um bebê, é natural que alguns casais comecem a se planejar para ter outros filhos. Aí o processo recomeça: as tentativas, os testes de gravidez... Acontece que nem sempre o resultado positivo vem. Por mais que o casal insista, parece que aquela gestação tão sonhada e planejada vira uma realização cada vez mais distante. E aí vêm a dúvida e a insegurança: se já engravidei antes, por que agora parece ser tão difícil?

Infertilidade: quando o casal apresenta dificuldades para engravidar — Foto: Freepik
Infertilidade: quando o casal apresenta dificuldades para engravidar — Foto: Freepik

Não existe uma resposta única para essa pergunta. Muitas coisas podem estar por trás dessa dificuldade de engravidar entre casais que já tiveram filhos. Essa é uma situação tão comum que recebe até um nome específico dentro da medicina: infertilidade secundária.

"A gente só chama de infertilidade quando é um casal de menos de 35 anos tentando engravidar há pelo menos 12 meses sem método contraceptivo, tendo relação sexual de duas a três vezes por semana. Para casais com mais de 35 anos, bastam seis meses tentando", explica a ginecologista Marise Samama, presidente da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR).

Quando essa situação acontece com um casal que nunca engravidou, ela é chamada de infertilidade primária. Agora, quando acontece com um casal que já passou pela experiência de gestar ou ter um bebê, ela recebe o nome de infertilidade secundária. E, para ser chamada assim, basta que apenas um dos dois do casal já tenha tido um filho antes. "Pode ser uma infertilidade primária do casal, se eles ainda não tiveram filhos juntos. Mas, ao mesmo tempo, uma infertilidade secundária apenas da mulher ou apenas do homem, se eles já tiveram filhos em outros relacionamentos", diz a especialista.

Causas da infertilidade secundária

A infertilidade secundária pode ter diversas causas, tanto femininas quanto masculinas. Compreender onde está o problema é o primeiro passo para conseguir pensar em uma solução e seguir com o tratamento adequado. Justamente por isso, procurar a ajuda de um especialista é fundamental.

"Mais da metade dos casos de infertilidade são do casal, ou seja, os dois apresentam dificuldades. Então, o ideal é procurar um especialista em reprodução humana, que vai olhar para os dois. Muitas vezes, quando o casal chega ao especialista já é tarde demais", afirma Marise Samama, da AMCR.

Entre as mulheres, as causas mais comuns de infertilidade secundária costumam ser:

  • Problemas ovulatórios: síndrome dos ovários policísticos (SOP), distúrbios da tireoide e aumento de prolactina podem interferir no processo de liberação dos óvulos;
  • Endometriose: o crescimento do tecido endometrial fora do útero pode causar um processo inflamatório e interferir na implantação do embrião;
  • Reserva ovariana diminuída: com o tempo, o estoque de óvulos da mulher vai diminuindo. Isso, consequentemente, diminui também as chances de gravidez;
  • Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs): clamídia e gonorreia, por exemplo, podem causar danos às tubas uterinas, impedindo o encontro do óvulo com o espermatozoide;
  • Cirurgias abdominais: procedimentos cirúrgicos também podem afetar os órgãos pélvicos e comprometer a fertilidade;
  • Doenças autoimunes: condições como lúpus e diabetes tipo 1 podem causar alterações hormonais e inflamatórias que afetam a fertilidade.

Já entre os homens, os fatores que mais levam a quadros de infertilidade secundária são:

  • Problemas de qualidade do sêmen: isso pode incluir uma baixa contagem de espermatozoides, espermatozoides mais lentos ou com formatos diferentes;
  • Varicocele: quando as veias do escroto estão dilatadas, a produção e a qualidade do sêmen também poder ficar prejudicada;
  • Infecções: algumas podem comprometer a produção de espermatozoides, como a caxumba e algumas ISTs;
  • Problemas hormonais: baixos níveis de testosterona, por exemplo, podem afetar a produção de sêmen.

Porém, há fatores também que podem afetar os dois, tanto o homem quanto a mulher. Normalmente, eles estão ligados a hábitos e questões ambientais, como:

  • Estresse: o estresse crônico pode afetar a fertilidade de ambos os sexos, alterando os hormônios reprodutivos;
  • Alimentação inadequada: o consumo exagerado de ultraprocessados e a falta de nutrientes essenciais também pode impactar negativamente a fertilidade;
  • Sedentarismo: a falta de atividades físicas pode afetar a qualidade do esperma e a ovulação;
  • Tabagismo e consumo de álcool: também prejudicam a fertilidade masculina e feminina;
  • Exposição a toxinas: agrotóxicos, poluição e microplásticos também podem ser vilões da fertilidade;
  • Obesidade: o excesso de peso pode interferir na ovulação e na qualidade do sêmen;
  • Métodos de contracepção definitivos: laqueadura e vasectomia são procedimentos que nem sempre podem ser revertidos.

Tratamentos de infertilidade secundária

Não existe um tratamento de infertilidade que funcione para todos os casais. O protocolo sempre é individualizado e a forma de conduzir a situação vai depender do tipo de dificuldade encontrada pelo especialista. É só a partir do diagnóstico que o médico poderá recomendar o tratamento mais adequado para cada situação.

"Quando a mulher tem um estoque de óvulos muito baixo, podemos tentar a fertilização in vitro (FIV). Em caso de tuba uterina prejudicada também. Agora, se o problema é a qualidade do sêmen, talvez a mudança de hábitos ou a cirurgia de varicocele ajudem", explica Marise Samama, presidente da AMCR.

Alguns dos tratamentos mais comuns costumam ser:

  • Coito programado: monitoramento do ciclo menstrual para identificar os dias mais férteis para a relação sexual;
  • Indução da ovulação: alguns medicamentos podem estimular a liberação de óvulos;
  • Inseminação artificial (IA): introdução de espermatozoides no útero da mulher em um momento próximo à ovulação;
  • Fertilização in vitro (FIV): o óvulo é fecundado em laboratório e o embrião é transferido para o útero da mulher;
  • Cirurgias: para tratar quadros como a varicocele ou corrigir questões anatômicas, como miomas ou obstruções nas tubas uterinas;
  • Mudança de hábitos: adoção de uma rotina de alimentação saudável e de atividades físicas regulares.

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